A capacidade de amar intensamente é privilégio de poucos! Solares

"Eu tenho a alegria de dizer, nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que eu consigo amar sem interesses, cada vez que eu posso me doar para alguém é o meu coração que ganha em qualidade e humanidade!"
Pe. Fábio de Melo

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Desejos para o ano de 2009...

Só por uma semana
DANUZA LEÃO


SABE O QUE eu mais queria na vida? Queria, durante uma semana, só ler notícias boas. Nem precisava que elas fossem tão boas; bastava que não houvesse nenhuma ruim.

As manchetes dos jornais não precisariam falar de coisas muito importantes. Poderiam contar que neste ano estão crescendo flores, misteriosamente, em todos os canteiros de todos os prédios, e que até as vielas das favelas estão floridas e coloridas.

Além disso, por um capricho da natureza, elas estariam mais cheirosas do que nunca, e que esse fenômeno está fazendo com que as pessoas estejam mais gentis, mais delicadas, mais felizes. E os traficantes, no lugar de traficar, levariam grandes buquês para suas namoradas, que retribuiriam com beijos e palavras amorosas.

Os jornais diriam que nossos deputados e senadores se renderam à beleza que tomou conta do país, e durante esta semana esqueceriam de seus interesses particulares e só votariam projetos a favor do bem-estar geral. E isso lhes faria tanto bem que eles sairiam do Congresso a pé, falando com todas as pessoas com quem cruzassem na rua, sorrindo, simpáticos, como faziam quando estavam em campanha. Eles também colheriam e levariam flores para suas mulheres, com um carinho que elas já haviam esquecido que existia.

As rádios só tocariam canções de amor, e as televisões mostrariam praias, montanhas, lugares lindos onde se poderia passar uns dias só sendo feliz, mais nada.

Algumas pessoas não seriam citadas no noticiário desta semana, e seria proibido falar de qualquer partido político, já que eles só nos trazem desgosto. Responda rápido: algum deles lhe trouxe alguma alegria nos últimos tempos?

Os assaltantes dariam uma trégua e iriam à praia dar um mergulho para esfriar a cabeça, e quando voltassem para casa encontrariam suas mulheres felizes, preparando o almoço, e a casa cheirando a um refogadinho feito na hora. E os dois sorririam um para o outro e talvez até se amassem e deixassem a panela queimar, aliás por justíssima causa.

As crianças nas praças se enfeitariam com flores nos cabelos e não dariam um único grito; o único ruído que fariam seria o de risos e gargalhadas, tão felizes estariam. Pássaros voariam sobre nossas cabeças, e borboletas de todas as cores dançariam, naquela coreografia louca que só elas entendem.

Nessa semana, só uma coisa seria proibida: tirar fotos com o celular.
Para que as pessoas soubessem que os momentos de verdadeira felicidade são guardados dentro do peito, deles não se esquece, e para isso não precisamos de nenhuma maquininha.

Barraquinhas ofereceriam água de coco gelada e pão de queijo fumegando, de graça, como se estivéssemos numa quermesse; ninguém teria a menor preocupação com coisa alguma, ninguém falaria de doenças nem de tragédias, até porque ninguém estaria doente e nenhuma tragédia teria acontecido.

Teríamos a ilusão, durante uma semana, de que a vida seria assim, para sempre; e à noite, quando aparecessem os primeiros vaga-lumes, a certeza de que todos nossos sonhos iriam se realizar.

Aliás, uma semana seria demais; bastaria que fosse assim por um dia.
Mas talvez eu esteja querendo demais...

É o que desejo para a Humanidade!
Feliz 2009!
Solares

sexta-feira, dezembro 26, 2008

VOCÊ É UM BOM ANFITRIÃO?

Contos & Fábulas

Zeus e Alcmena


Em um fórum virtual de escritores que freqüento, encontrei esta fábula da sabedoria universal:


"Você é um bom anfitrião? Veja a origem da palavra: MITOLOGIA GREGA!

Quem é um bom anfitrião? Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena, a mãe de Hércules. Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão. Uma grande confusão foi criada, pois Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa. No fim, tudo foi esclarecido por Zeus e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma escolhida do deus. Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". Portanto, anfitrião é sinônimo de "Corno Manso e Feliz"!"

Pois é. Está acontecendo algo de estranho na sua testa? Estude Mitologia e seja feliz!


Solares

domingo, dezembro 21, 2008

Ninguém pode calar a tua voz

Existem pessoas que dizem muito mesmo quando não falam nada, pessoas que tem no silêncio palavras, que mesmo não ditas ficam muitas vezes subentendidas.

Foi assim que aconteceu com pe. Fábio de Melo, acometido por um problema nas cordas vocais, ele ficou cinco dias sem poder dizer uma palavra sequer. Sei o quanto isso deve te-lo incomodado, já que a sua fala é essencial para seu trabalho como cantor e evangelizador. Mas, como Deus sabe sempre o que faz, penso que esse susto será de grande aprendizado para ele. Assim como faz com tudo em sua vida, tenho certeza, que pe. Fábio, irá tirar dessa fragilidade uma grande lição.

Penso, que nesses cinco dias em que ele ficou calado, muito foi dito para ele e para nós. Para ele talvez, um momento de reflexão, será que não é hora de diminuir, um pouco, o meu ritmo de trabalho? Essa resposta só pe. Fábio a tem. Para nós, fica certeza de que Deus falou através dele mesmo com seu silêncio ensurdecedor. Se é verdade àquela teoria de que o corpo fala, então a expressão do pe. Fábio diante de sua fragilidade, falou a nós de forma bem clara. Ela foi a confirmação de que mesmo frente a limitação humana, Deus manifesta seu poder.
E foi no gesto e na atitude de pe. Fábio que Deus manifestou seu poder. Não havia voz... Havia um gesto, uma expressão, atitudes que valeram mais que milhões de palavras, que apesar não poderem ser proferidas, naquele momento, saltaram à sua face, numa linguagem expressiva, capaz de possibilitar aos seus fiéis uma leitura compreensível daquilo que seria dito.

Nada foi perdido. A fragilidade do pe. Fábio nos ensina a lidar com a nossa. Ela nos revela a certeza que podemos dizer muito sem dizer nada, e melhor, que mesmo sem dizer nada o outro é capaz de nos ouvir e compreender.

Ninguém pode calar a tua voz pe. Fábio! Tenho certeza que no ano de 2009, o senhor terá muito a nos revelar, seja cantando, seja evangelizando ou seja calado.

Feliz Natal e um ano repleto de boas palavras!
Lindalva Solares

quarta-feira, dezembro 17, 2008

MEU FELIZ NATAL!

Feliz Natal !

Quisera
Senhor, neste Natal,
armar uma árvore e nela
pendurar, em vez de bolas, os
nomes de os meus amigos.
Os amigos de longe, de perto. Os antigos e

os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os
que raramente encontro. Os lembrados e
os que às vezes ficam
esquecidos. Os constantes e os

intermitentes. Das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem
querer, eu magoei, ou sem querer me magoaram.

Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem conheço
apenas a
aparência. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes e amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. Uma árvore de raízes muito profundas para que seus nomes nunca sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos para que novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes. Uma árvore

de sombras muito
agradáveis para
que nossa amizade,
seja um momento de
repouso nas lutas da vida.
Que o Natal esteja vivo em cada dia do Ano que
se inicia para que possamos juntos viver o amor!!


FELIZ NATAL E UM ANO NOVO REPLETO DE PAZ E REALIZAÇÕES!!!

quinta-feira, novembro 27, 2008

POR QUE PADRE NÃO PODE CASAR?

Diante da polêmica confissão de um padre em se declarar casado e do mesmo afirmar que este fato não o impedia de exercer o sacerdócio, resolvi esclarecer os pontos que envolve esta questão, ou melhor, o CELIBATO. E ninguém melhor que o pe. Fábio de Melo para tratar essa questão. Ele explica a sua opção pelo CELIBATO, defendendo esta condição para o exercício do sacerdócio com respeito e dignidade para com seus divergentes. Abaixo transcrevo na integra comentário feito pelo pe. Fábio em seu BLOG, sobre a polêmica que se estabeleceu frente as declaração do padre Oziel, que no programa “Fantástico” da Rede Globo fez a seguinte declaração: "Quem quiser ser celibatário, seja celibatário. Quem quiser se casar, casa".


BLOG DO PADRE FÁBIO

27/11

A graça de ser só


Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.


Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.


Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do “pode ou não pode”.


A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.


Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.


Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”. Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.


Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.


Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.


É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.

Padre Fábio de Melo


Site: http://www.fabiodemelo.com.br/

segunda-feira, novembro 17, 2008

Ah! que saudades que sinto...

Ah! que saudades que sinto das novelas de Janete Clair... novelas cheia de mistérios, amor e requinte propícios ao cultivo da imaginação.

O amor entre a mocinha e o mocinho, alimentava o nosso coração de esperança, esperança essa, que embora ambos sofressem o diabo, no final, tínhamos certeza, que a felicidade iria reinar.

Falar no passado nos traz um tom nostálgico. Alguém disse um dia, que devemos lembrar do passado apenas com saudade e não viver eternamente dele. Para mim algumas coisas ainda deveriam ser como no passado, embora isso fosse totalmente impossível. Esse sentimento nostálgico teve inicio em mim, devido a um arsenal de novelas idiotas que tem sido formatadas para o público contemporâneo. Lembro-me que as novelas de antigamente, mais precisamente, as de Janete Clair, possuíam um tempero todo especial: tínhamos a mocinha que sofria horrores por causa do mocinho, um suspense que só no final da novela era desvendado, e o felizes para sempre dos protagonistas que selavam seu amor inabalável com um lindo casamento na igreja. A priori toda essa minha melancolia adocicada pode parece uma idéia do “Mito do Amor Romântico”, é pode ser. Mas mesmo com a ilusão idealizada do amor a nossa imaginação, uma vez iluminada com a ficção, promovia em nós sonhos, não sonhos impossíveis de serem realizados, mas, sonhos que fertilizavam o nosso imaginário e nos impulsionam aos grandes ideais.

As novelas de hoje estão impregnada da realidade que ao meu ver é desnecessária, já que a realidade, nós a vivemos todos os dias, no que diz respeito a ficção, agora me parece um sonho distante, relegada a segundo plano. Não sei mais o que é JN ou Novela, já que ambos retratam a vida real.

Mas, retornando ao meu baú de lembranças... sabe por que sinto tanta falta das novelas ficcionais? Porque a fantasia tomava conta de nós... e queríamos ser a mocinha... chorávamos com ela... e alegrávamos com ela, ficávamos tão ligadas na tela da TV que nem que o mundo acabasse nossos olhos piscariam... o que seria de nós sem a fantasia? se a realidade é boa de ser vivida a fantasia também o é. Lembro-me bem que nossa curiosidade era sempre aguçada a cada dia com as cenas do próximos capítulos, ficávamos ansiosos a espera do dia seguinte para ver o que ia acontecer, era o pensamento atravessando a fronteira do pensar. Hoje as cenas dos próximos capítulos não são mais exibidas, pois, os jornais e as revistas divulgam semanalmente os resumos de seus capítulos. O que antes era mantido em segredo se revela, quebrando todo o encantamento da beleza cénica. As cenas dos próximos capítulos chamavam a nossa atenção para as emoções e as surpresas que estavam por vir , e nada seria capaz de impedir esse encontro, nem mesmo uma festa, um casamento, nem mesmo um namorado. Sinto falta dessa magia, sinto falta da legenda que era exibida após os créditos que dizia assim: esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com o conteúdo e nomes do personagens terá sido mera coincidência”. Hoje, as cenas dos próximos capítulos não existem mais, nem tampouco os créditos ou melhor existem mas, passam numa velocidade tamanha que fica impossível até mesmo para que fez leitura dinâmica ler. A ficção foi embora dando lugar a realidade, toda a mágia se transformou em realidade, e agora tem cota de tudo nas novelas e no final da história não sabemos mais quem é quem ou melhor, quem é de quem, sem nenhum conteúdo significativo a história se perde no meio do caminho, pois com tanta gente é impossível dar conta de um enredo que faça sentido. A recordista deste feito é a escritora Glória Perez, que faz de suas novelas uma gestação (levando de 6 a 8 meses no ar) e quando é chegada a hora do parto o bebê nunca nasce (ela sempre se perde no final) só espero que ela não se perca pelos Caminhos das Índias (sua nova novela), mas para falar a verdade não espero nada diferente disso.

Mas, por que as novelas da Globo não agradam mais? Por que os baixos índices de audiência? Porque as novelas não falam mais de sonhos a serem conquistados, gerando assim, uma carência profunda em todos nós, uma enorme sensação de estarmos ocos, vazios. Mas, o que seria do ser humano sem sonho? Nada. Alguém disse um dia(eu nunca me lembro que disse), que o ser humano sem sonho é um ser sem vida, e é verdade. O maior legado que nós ocidentais recebemos como herança cultural nos foi dado pelos gregos, a imaginação fértil desse povo criou uma das mais belas histórias contadas até os dias de hoje, a história dos deuses e semideuses. Quem não gosta de ouvir as histórias sobre Aquiles, Hércules entre outros? Eu falo isso com propriedade pois, sou professora de filosofia e quando conto sobre a Teogonia (origem dos deuses) de Hesíodo, é o momento que mais tenho a atenção dos meus alunos, por que será? Mesmo sabendo que os deuses só serviram como protagonista ficcional para se explicar uma realidade que se apresentava aos gregos, ainda assim, todos querem ouvir, e sabe por que? Porque essas histórias dão asas a nossa imaginação que uma vez liberta quer desbravar novos horizontes. Pode passar cem anos e as histórias contadas pelos gregos ainda terão o mesmo efeito que no passado, um efeito purificador, capaz de despertar em nós os sonhos mais ocultos, desejos mais secretos, e a esperança renovadora do que ainda podemos ser.


Confesso que pela falta de algo melhor andei mergulhando no folhetim mexicano e percebi que esse universo vem ganhando surpreendentemente a atenção dos brasileiros, e olha que eles têm melhorado muito... mas por que será heim? Bom fiz uma rápida pesquisa sobre o enredo desse folhetim e assim como eu que não encontrei nada melhor para fazer, convido-os a tirarem suas próprias conclusões.

Enquanto não acho nada melhor nas novelas brasileiras...

Analiso as novelas mexicanas...

1. Nas novelas mexicanas, a mocinha é sempre uma coitada miserável e tudo de ruim acontece com ela, mas está sempre feliz, ela é sempre criada pela madrinha ou pelo padrinho que são muito pobres e doentes;

2. É sempre virgem, espécie em extinção em nossas novelas brasileiras não é mesmo?
Geralmente, o padrinho ou a madrinha morrem nos primeiros capítulos, deixando a pobrezinha completamente só;

3. Na Realidade, ela é sempre filha ou neta de um milionário poderoso que tenta desesperadamente encontrá-la. A procura dura mais ou menos até o final da novela;

4. Todos os homens da novela são apaixonado por ela, todo mundo ama a mocinha por sua bondade e pureza;

5.O Galã: Tem Sempre Nomes duplos como Pedro Afonso,Carlos Eduardo,Carlos Augusto ou João Guilherme. É sempre um Milionário a procura do Verdadeiro Amor;

6. A Megera: Mulher Inescrupulosa e falida que quer se casar com o mocinho/galã Sempre "arma alguma" dizendo que está grávida do mocinho, quando na verdade, o bebê é de outro. Numa Noite ela embebeda o mocinho o que o faz acreditar ser o pai da criança.

7. A Mãe é sempre uma perua que gastou o dinheiro todo do Falecido marido.
A mãe do mocinho sempre apóia a megera por achar que ela ainda é rica e do mesmo nível social.

Final da História:
A mocinha sempre se torna uma mulher deslumbrante e fina e dá emprego para todos de sua antiga vila, uma vez que a essas alturas, o pai, mãe ou avô já a encontrou e ela administra a empresa com idéias inovadoras.


Depois de muitas idas e vindas, exatamente no último capítulo, tudo se resolve: a mãe que não aprova o amor dos dois fica boazinha, o casal tem muitos filhos e a megera fica louca ou morre. Qualquer Semelhança com a Realidade é mera coincidência.

É essa baboseira que vem conquistando o público brasileiro, nem a péssima dublagem e nem a estética cafona foram suficientes para diminuir a audiência de algumas novelas mexicanas.

Acreditem! Elas estam de volta desta vez é a Record que exibirá com exclusividade o dramalhão mexicano deixando o SBT a ver navios...

Rede Globo que se cuide.....
Solares

quinta-feira, novembro 06, 2008

O HOMEM E O MITO

Transcrevendo na integra o artigo de Antônio Jorge Melo, sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos, vale à pena beber na fonte de sabedoria deste meu Mestre:


A vitória de um candidato democrata nas eleições americanas, no contexto atual, seria um fato normal, se o fato do eleito ser um revolucionário não o transformasse num momento histórico e especial. Um revolucionário não por ser negro, ou relativamente jovem, ou não ter vindo de uma família milionária, ou várias outras coisas que não o credenciaram como um candidato de perfil padrão à presidência americana. Um revolucionário por ser tudo isso e não usar essas "credenciais" para lhe conferirem uma instantânea superioridade moral.

Esse homem, Obama, não partiu do princípio de que ser vitimizado fosse o suficiente para torná-lo meritório, pelo contrário, trabalhou duro para conquistar oportunidades que, tenho certeza, não vieram facilmente, para se tornar uma pessoa melhor e mais preparada, estudou com excelência em Columbia e Harvard, militou por anos como advogado antes de se candidatar a senador.

Para mim o diferencial desse homem é que ele não foi eleito por ser um coitado. Ele não foi o coitado eleito para a presidência com base na crença ingênua de que é bom ter lá alguém tão coitado quanto porque assim saberá ser empático e solidário com os outros coitados, ou porque, no nosso intimo, estaríamos de alguma forma "compensando" os coitados

A eleição de Barack Obama para mim representa a esperança, a possibilidade de um novo ciclo de relacionamento entre os Estados Unidos e o mundo, ao serviço da paz, da cooperação entre os povos e de uma globalização mais justa e regulada. Mas, ao mesmo tempo em que acredito nisso, temo que a minha crença confirme a "demanda" do restante do mundo que vê os EUA como a única potência global capaz de impor ordem e segurança nesse nosso sofrido planeta, pois essa mesma idealização inspirou em George W. Bush e em muitos que o antecederam esse "poder de polícia" internacional como missão.

As raízes das crenças históricas e morais que constituem a nação americana fazem com que os EUA aceitem de bom grado a sua responsabilidade de liderar sempre uma grande missão em prol da humanidade, pois isto está encarnando naquilo que o povo americano tem de mais profundo e que se pode definir como "mitologia americana", "ideologia americana" ou coisa assim.

Para mim esse homem e a sua voz realmente representam esperança, mas agora ele é o Presidente, uma instituição, o herdeiro dos todos poderosos que o antecederam e, no futuro, legatário, na condição de homem e de cidadão, dos que o sucederão.

Que a sua eleição representa uma oportunidade de mudança para os Estados Unidos e para o mundo não tenho dúvidas...As minhas dúvidas residem no "Império", naquele império do livro de Hardt e Negri .

Tenho certeza de que o homem Obama não é tão santo nem tão gênio como muitos parecem tentados a acreditar, até porque, como me ensinou meu eterno professor Cid Teixeira: "devemos ser comedidos até nas virtudes". Mas, comparando-o com muitos outros lideres e candidatos a lideres que posam de estadistas e inspirado na minha fé na vida, na minha fé no homem e, principalmente, na minha fé no que virá... Faço coro aos companheiros: Viva Obama!


Antônio Jorge Melo

quarta-feira, novembro 05, 2008

UM SHOW DE DEMOCRACIA

As eleições americanas foi um show de democracia ontem à noite. Foi a manifestação mais rica e emocionante que poderíamos ter presenciado. A vitória de Barack Obama deu não só aos Estados Unidos, bem como todo um mundo um exemplo de civilidade e boa relação entre os vários povos. Devo confessar, que jamais na história política, havia visto tamanha manifestação cívica, onde brancos, negros, jovens e estrangeiros vibraram com a conquista da presidência americana por um negro. Infelizmente a democracia no Brasil tem outra conotação, mas lá nos Estados Unidos da América, a festa pela vitória de Obama contagiou o mundo inteiro, nos fez desejar políticos do quilate de John McCaine, que ao reconhecer sua derrota em um discurso humilde e solidário a Obama, quem dera tivéssemos políticos com discursos tão coerentes quanto o de Obama e McCaine, duas pessoas que disputaram as eleições presidenciais em alto nível.

Parabéns para Obama, homem preparado, que entra para história como o primeiro negro a assumir a Casa Branca, para o povo americano que deu exemplo de civilidade e democracia e ao adversário de Obama, McCaine que soube ser humilde, reconheceu sua derrota e num gesto generoso lamentou pela morte da avó de Obama que não pôde estar viva para vê-lo na presidência.

Quanto a nós brasileiro, eu desejo sinceramente que possamos internalizar o exemplo de civilidade e democracia dados pelos americanos, que num futuro próximo também possamos mudar a cara do nosso governante, já que somos um país, na sua maioria de negros, que a nossa política seja tão ou mais empolgante que a deles, que possamos ir as ruas num gesto cívico, e que nunca desistamos da democracia onde possamos ser verdadeiramente livres.

Foi muito bonito ver a manifestação democrática dos americanos, confesso que me emocionei e até chorei... e quem não se emocionou e não chorou?

Parabéns aos americanos!

Solares

quinta-feira, outubro 30, 2008

A SUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

Não há nada mais envolvente do que a aventura de ser gente. Saber ser gente implica em leveza... implica em tornar sustentável a nossa existência na terra. Não sabemos quanto tempo dispomos neste planeta, que embora, diante das atrocidades que vivenciamos, acredito ainda ser propício a existência humana.

Não é fácil viver no planeta terra, e nem poderia, qual a graça que teria se tudo na terra fosse um paraíso que nem o vivido por Adão e Eva no inicio dos tempos? Deveria ser um tédio não ter um Shooping Center por perto, não ter um cineminha com tela 3D não é? A mística da vida consiste na diversidade e conflito próprios da existência humana, não há vida bem vivida sem a experiência sofrida por cada um de nós.

Sei que aos nossos olhos, viver parece ser algo incoerente, já que a violência insiste em nos amedrontar, insiste em despertar em nós uma falta de esperança na vida e nos seres humanos... uma apatia do ser. Apesar da violência insistir em fazer parte do nosso dia-a-dia, não deixo que ela destrua a fé que tenho no planeta terra, na existência e nos seres humanos. Ao invés de ficar lamentando aquilo que não deu certo, busco fazer dar certo aquilo que ainda está por vir substituindo as coisas ruins pelas coisas boas. Aí você pode me perguntar: Quais são as coisas boas em meio as coisas ruins? E eu lhe digo: Coisas boas acontecem todos os dias, só que não dão IBOPE estamos acostumados a receber coisas ruins como sendo coisas boas, fazendo delas um acontecimento normal e banal... É assim com a vida... tão banalizada nos dias de hoje, aquela frase; "Para morrer basta estar vivo", nunca foi tão própria na nossa atualidade. Isso é uma pena...

Eu gostaria, se Deus pudesse me permitir, mostrar a beleza da vida, nem que fosse por um minuto, pelas lentes dos meus olhos... Ah! você imediatamente retomaria a esperança que você engavetou só porque a mídia lhe disse que não vale à pena viver... você buscaria tornar mais leve e sustentável a sua existência cultivando coisas boas no lugar das ruins... você contagiaria com seu amor as outras pessoas que tem a vida como um fardo e às vezes, ela se torna tão pesada e insustentável, que livrar-se dela parece-lhe, no primeiro momento, um meio de tornar-se leve... Ah! se eu pudesse... te mostraria, mesmo que por alguns segundos, pela lente dos meus olhos, o quanto a vida vale à pena ser vivida, ainda que a violência insista em se instalar... mas lhe digo: ela só irá se instalar se o seu desejo de viver não for razão suficiente para você lutar pela sua existência... falo de uma luta... não uma luta qualquer de uma existência sem sentido, mas sim, de uma luta que resulta em uma existência significativa, capaz de despertar nos outros a vontade de correr riscos, pois só correndo riscos na vida é que saberemos se ela vale realmente à pena... e acredite ela vale muito à pena!... te digo,por experiência própria, pois, por mais conflituosa e difícil que ela tenha sido ou seja para mim, eu não desanimei em nenhum momento, muitas vezes caí, mas logo em seguido me levantei e ao levantar-me a forma de ver a vida tinha um significado diferente que tinha antes de cair... assim como agora... estou no chão... mas não vejo a hora de levantar-me novamente e enxergar esse novo aprendizado que Deus está me proporcionando, tenho certeza que a lição será a mais bela de todas, porque não importa como meu coração esteja agora, e com certeza ele está em mil pedaços, sei que o mundo não irá parar para que eu o conserte... eu terei que juntar os caquinhos na dinâmica dos fatos que neste momento se revelam a mim.

É assim que torno mais leve o meu ser e a minha vida mais sustentável. Em meio a tantos absurdos busco dar sentido aos fatos já que não posso modificá-los. Faço da esperança a minha fonte de vida sem a qual não seria possível existir, não ter esperança é a mesma coisa que deixar de existir, já que vivemos porque ainda há esperança. Portanto, enquanto viver haverá esperança, e como dizia Scarlett O'hara em ... E o vento levou..., amanhã é outro dia...

"O choro pode durar uma noite... mas a alegria vem pela manhã... o amanhã será melhor, bem melhor, pois o senhor teu Deus cuidará de você. "

Acredite Ele sempre cuida!
Deus é capaz de trocar reinos por ti, abrir mares pra que possas atravessar e se preciso fosse daria novamente a vida por ti, Deus só não é capaz... de deixar de ti amar. (pe. Fábio de Melo)

Viver é sempre a mais sábia das escolhas

Linda Solares

P- S - Dica de livro: "Quando o sofrimento bater à sua porta", o novo livro de pe. Fábio de Melo, excelente!

sexta-feira, outubro 17, 2008

As Pontes de Madison

Depois de ficar buscando sentido para o absurdo ocorrido no confronto entre a polícia militar e polícia civil em São Paulo, resolvi refrescar a cabeça assistindo a um belíssimo filme. As Pontes de Madison. Mas como sempre, ao assistir a um filme, sempre faço uma análise posteriormente, com As Pontes de Madison não poderia ser diferente. Para tanto, foi necessário uma avaliação criteriosa do citado filme, sem contudo, inferir a ele nenhum julgamento motivado pela moral e pelo preconceito.

O filme narra a história de amor inesperada entre as personagens de Francesca (Mary Streep) e Robert (Clint Eastwood); ela, Francesca, é uma mulher de fazendeiro, e ele Robert, um fotográfo, famoso e viajado, à serviço da revista geográfica. Os seus caminhos se cruzam e entrelaçam de uma forma que os marcará eternamente. Quando Robert, vai ao condado de Madison para fotografar suas famosas pontes, é desviado do caminho se perdendo e entrando acidentalmente na fazenda de Francesca. Chegando lá, depara-se com Francesca que está às voltas com seus afazeres domésticos. Francesca é uma simples mulher que só conhece seu pacato mundo e que naquele momento acabara de se despedir de seu marido e filhos que saíram em viagem de quatro dias a uma feira agropecuária em outra cidade.

Ao pedir informação a Francesca, ambos são reunidos por uma experiência amorosa que os marcará por toda suas vidas. Neste momento, tem-se inicio a uma das mais belas histórias de amor vivida em quatro dias, história essa que levantará questões polêmicas com relação a traição, amor, respeito, sacrifício, oportunidades e perdas.

Ao assistir ao filme, busquei avaliar as questões acima, dentro de um ponto de vista racional, emocional e ético, favorecendo a outras pessoas que assim como eu, buscou uma compreensão mais clara do enredo que permeia as personagens, sem contudo inferir comentários levianos e preconceituosos nas atitudes manifestadas pelos protagonistas.

As personagens, Robert e Francesca, vivem uma tórrida história de amor capaz de tocar fortemente nas mazelas de um casamento ou de uma vida à dois. A paixão arrebatadora entre ambos, favorece a eles uma reflexão de toda suas vidas. Francesca se questiona com relação a vida que leva, e se o amor tal como ela vive, sobrevive a rotina. Já Robert, usa a luz das suas lentes, para revelar, não só os objetos, mas, antes, a sua própria verdade. Tudo isso em meio a um amor ardente que coloca suas vidas em xeque-mate. Francesca é levada a escolher entre fugir ou ficar, e Robert coloca sua esperança de viver um grande amor em suas mãos. O momento é difícil, mas a única certeza que ambos têm, é que "as coisas que verdadeiramente valem à pena devem ser sentidas não com a razão, mas sim com o coração". E eles se entregam a esse sentimento, transformando assim, as emoções triviais, que pensamos compreender, em algo raro e brilhante. E o resultado de tudo isso? É a experiência única, apaixonada e comovente de um amor vivido em apenas quatro dias. Algo não muito racional, já que teriam que decidir suas vidas neste período.

Mas, ausência da razão, o que não implica na falta dela, logo os chama para a realidade. É isso mesmo, a razão, que está logo ali, antes mesmo do prazo terminar, sinalizando, despejando um mundo de motivos para que Francesca deixe o amor, virar a esquina e que se vá para todo o sempre, levando-o para longe dos olhos, longe do corpo, mas jamais para longe de sua alma. E agora? Qual seria a escolha viável para ambos? seria justo sacrificar seu amor em prol de seus filhos e marido? A escolha de Francesca me pareceu ética. Sacrificar a chance de viver plenamente feliz com uma pessoa, em favor de seus filhos, pareceu-me uma escolha sensata, afinal, quem garante que se fosse ao contrário ela seria feliz para sempre? Os quatro dias de amor intenso vivido pelos dois, ultrapassou as barreiras do tempo, serviu de reflexão para os filhos de Francesca, que com o passar do tempo, tomam conhecimento do acontecido ao lerem seus escritos, muito tempo depois. E diante do que leram, foram chamados a reflexão pela forma com que eles tratavam suas esposas. Sensibilizados pela comovente carta de sua mãe, eles procuram se redimir perante suas famílias. Se Francesca tivesse escolhido viver esse amor, talvez a atitude de seus filhos tivesse sido diferente. Não há garantias neste sentido. A garantia que temos é que Francesca, fez uma reflexão de si mesma, escolheu retomar sua vidinha pacata, sabendo que era necessário continuar vivendo... pois viver era preciso, afinal ao acordarmos todas as manhãs, nos deparamos com a realidade do fim e com o fim, vem a crença no que é justo ou injusto, seria o amor justo ou injusto? Mas o que tem a ver o amor com justiça? Nada. O amor é imenso, maior até que a própria vida, e nós só temos a certeza disto quando nos permitirmos viver esse amor intensamente, pelo menos uma vez na vida. E quando isso acontecer, tudo mais fará sentido e o silêncio não será mais tão inconcebível. Amar em silêncio às vezes faz sentido, por isso a escolha de Francesca foi sensata e ética, apesar de nós mulheres, ainda não possuirmos maturidade para compreender tamanho sacrifício. Mas, a personagem Francesca, não só se mostrou madura como foi capaz de compreender a situação atípica a que ela foi acometida. Ela compreendeu que, enquanto o corpo sente a falta do toque, a alma encontra-se por totalmente completa, e apesar da dor da perda de um grande amor, ela sabia que lhe restaria a lembrança dos quatro dias inesquecíveis, guardado em sua memória para ser lembrado por toda a eternidade. Para nós, pode parecer pouco, mas acredite... para ela não.

As Pontes de Madison é um belíssimo filme e uma excelente leitura para quem gosta de romance, pois retrata o amor na sua fase mais adulta, chegando no momento em que nada mais esperamos da vida, quando nossos sonhos de adolescentes foram esquecidos, a lembrança de uma situação totalmente atípica de uma amor vivido intensamente, nos faz refletir e questionar toda uma existência.

Solares

DEIXANDO QUE OS FATOS ME MODIFIQUE

Dizem que o bom filósofo é aquele que tem a capacidade de admirar-se frente aos acontecimentos no mundo. Se assim for, então, posso me considerar uma boa filosofa. É que por mais que os absurdos ocorridos no mundo estejam se tornando fatos comuns, eu ainda me admiro diante deles.


Considere, quem quiser, a violência como algo rotineiro em suas vidas. Eu não!. Não consigo faz dessa brutalidade , hoje relegada a nossa condição humana, como um acontecimento normal. Para se ter uma idéia, eu apenas vejo o noticiário para não ficar à parte dos acontecimentos, abstraiu aquilo que me é necessário enquanto informação, para que eu possa fazer uma reflexão sobre o assunto e tirar as minhas conclusões e só, não ficou 24 horas prostrada na frente da TV me enchendo dos excessos promovidos pela mídia. A violência não faz parte da minha educação doméstica e nem tampouco da minha vida social. Aprendi desde de cedo que, violência revidada gera mais violência. Esta máxima é verdadeira.

Mas aí, quando pensei já ter visto todos os absurdos possíveis nos noticiários, és que se ergue diante dos meus olhos, aquele que jamais imaginei um dia assistir: A guerra entre duas forças que a priori, foram criadas para proteção e segurança da humanidade. Estou falando do confronto entre Policiais civil e militar na última quinta-feira no Estado de São Paulo. Mais que um confronto entre colegas, vimos a força repressora do estado(Polícia Militar), obrigada a deter e conter os excessos daqueles (Polícia Civil) que buscam, assim como a PM, dignidade, respeito, melhor salário e melhor condição de trabalho para as polícias. Com uma única diferença; a Polícia Civil tem direito de fazer paralisação, greve, a Polícia Militar não, a ela não é permitido o direito de greve, conforme o seu Regulamento Militar. A Polícia Civil ganha mal? A Polícia Militar mais ainda, pois está submetida as ordens do estado sem que possa fazer qualquer tipo de manifestação contrária a ele.


Foi a visão mais horripilante que meus olhos puderam presenciar. Diante de tantos acontecimentos tenebrosos no nosso país, a guerra entre policiais (militar X civil), ao meu ver, foi a gota d'água que transbordou o oceano. Meus olhos não quiseram acreditar no que noticiava a TV, seria o fim dos tempos? Busquei um sentido para tudo que estava vendo, não poderia deixar que o absurdo tomasse conta dos meus pensamentos, e um espanto reflexivo se instalou no meu ser. E por mais ofuscada que a minha visão pudesse estar, eu ainda buscava um sentido para todo aquele absurdo. Confesso que ainda não consegui re-significar o ocorrido dentro de mim, ainda estou reflexiva...pensativa... buscando...


Me considero uma pessoa otimista e como costuma falar um certo Padre, muito sábio, “Se você não consegue modificar os fatos, permita que os fatos te modifique”. Eu, encontro-me inserida neste contexto, buscando permite que os fatos me modifique, esperando que ele traga consigo o sentido para o meu “espanto absurdo”. Enquanto ele não chega, só me cabe orar à Deus para que sua misericórdia nos alcance, permitindo-nos restituir tudo aquilo que antes fora quebrado, trazendo-nos a fraternidade do Cristo. É nela que acredito, pois ela, não é uma sonho distante, está bem aqui perto de nós, e assim como nos meus sonhos, ela é possível.

Por mais que os noticiários nos digam ao contrário, eu ainda creio que a humanidade nas pessoas um dia será restituída, e assim, a paz, a fraternidade e o amor entre os seres humanos, não será mais uma utopia, mas sim, realidades que farão parte da vida cotidiana de todos seres humanos.


Acredite nisso! Eu creio. No dia em que não mais crer nesta humanidade nas pessoas e não mais ter esperança nesta minha vida, então, neste dia eu estarei morta!.


Solares

segunda-feira, outubro 06, 2008

II SIMPÓSIO BAIANO DE FILOSOFIA

Bem galera!

Estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos no II Simpósio Baiano de Filosofia, cujas normas para a apresentação estão indicadas abaixo. Apenas serão aceitos os trabalhos produzidos por professores, pesquisadores e estudantes com Especialização, Mestrado ou Doutorado (concluído ou em curso). Estive presente no I Simpósio, no ano passado, e afirmo que foi muito proveitoso. Por este motivo, resolvi postar aqui todas as informações sobre o referido evento. Espero rever lá, meus colegas de faculdade.


Evento: II SIMPÓSIO BAIANO DE FILOSOFIA.
Data: 21 a 23 de outubro de 2008.
Hora: Das 8h30min às 19h.
Local: Auditório da Faculdade São Bento.
Valor das inscrições: R$ 30,00 (para estudantes) e R$ 60,00 (para professores e profissionais).

Salvador - Bahia

Beijos para todos! conto com vocês

Solares

sexta-feira, setembro 26, 2008

QUEM ME ROUBOU DE MIM?

Uma dica para quem está perdido e não sabe como se encontrar, é o livro do Padre Fábio de Melo, "Quem me roubou de mim? O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa. Não é um livro de auto-ajuda é um livro que nasceu da visão de um simples e inteligente Padre ao se deparar com as experiências de diversas dores de diferentes pessoas. É um excelente livro que promove o encontro de você consigo mesmo, ou seja, é um livro que narra ao leitor a importância de se tomar posse de si, saindo da condição de individuo para se tornar pessoa.

Eu amei, mas sou suspeita para falar, pois sou admiradora do Padre Fábio de Melo, pela sua eloquência e leveza com que ele trata das coisas de Deus. Já perdi as contas de quantos Quem me roubou de mim? eu comprei. Tenho três que são meus, um eu utilizo como material de estudo, para trabalho em grupos terapêuticos e no grupo de estudo do centro espírita o qual frequento; os outros dois são para serem emprestados, fora os que eu já dei de presente. Tenho colhido bons frutos, depois de ter lido o referido livro percebi que melhorei muito em relação a mim e aos que estam ao meu redor. Todos que leram o livro que eu emprestei, ficaram em estado de êxtase e me ligaram para comentar sobre as maravilhas escritas pelo Padre Fábio de Melo.

Sempre estou relendo o livro, tudo que lá está escrito encontra em mim concordância, embora ainda não tenha conseguido colocá-los em prática, estou tentando.... como o próprio Padre Fábio diz tudo é questão de exercício e disciplina, mas eu chego lá.

Agora estou acabando de ler o seu outro livro "Mulheres de aço e flores", um livro altamente leve e divertido, este livro me fez relembrar os livros que lia no ensino médio, os livros da série vaga-lume (os meus favoritos eram o escaravelho do diabo e rapto da borboleta Atília). Mulheres de aço e flores, é bem diferente do livro Quem me roubou de mim? Padre Fábio, fala com muita propriedade dos sonhos, dos desejos, das tristezas, dos amores, das dores, e da esperança que existe em cada mulher, é muito gostoso a leitura deste livro.

Bom, passei aqui para deixar minha dica para quem não vai fazer nada no final de semana. Por ora, os dois livros já estam de bom tamanho, mas, Padre Fábio ainda tem CD, aliás o CD Vida esta uma beleza, DVD de palestras e vários outros livros. Quem quiser saber mais sobre este Ser Humano inspirado por Deus, pode acessar seu site: http://www.fabiodemelo.com.br, lá você saberá tudo sobre ele.
Beijos a todos que amo!

SOLARES

"Se precisamos aprender sobre Deus, precisamos também aprender sobre nós mesmos'
Uma idéia boa substitui uma idéia ruim, um pensamento ruim, por um pensamento bom. Por isso que em meio ao sofrimento procuramos dentro do nosso afeto respostas fáceis, respostas refinadas, mas temos que aceitar as respostas integrais. Muitas vezes preferimos os afetos refinados, aos integrais; pois os integrais dão trabalho para serem aceitos, exigi de nós muito mais estrutura, muito mais trabalho e organização."

Sou padre assim...

Padre Fábio de Melo

quinta-feira, setembro 25, 2008

Quando a felicidade nos visita...

Hoje a felicidade resolveu me visitar, e eu contagiada pelo seu toque resolvi deixá-la entrar. Desistir de afetos refinados e agora busco afetos integrais, daqueles que demoram de ser digeridos. Não prendo mais os meus olhos naquilo que perdi, mas sim naquilo que ainda posso ganhar. Hoje é dia de olhares demorados para mim, para entender o que eu quero de verdade para minha vida, não me prenderei aos fracassos que tive, mas olharei com muito cuidado para mim na tentativa de enxergar o que ainda posso ser. Quem ama requer cuidado sempre, e eu quero ser cuidada, quero que meu coração seja amado da forma como ele merece ser. É difícil saber se alguém que entra em nossa vida nos ama ou não, mas o difícil se torna fácil quando nos perguntamos: Desde o dia que esta pessoa entrou na minha vida ela diminuiu ou dilatou o meu mundo?
A outra pessoa quando chega em nossa vida traz consigo seus horizontes de sentidos, ela nunca vem sozinha e através dos seus horizontes de sentidos saberemos quem ela é. Para mim, basta que ele não seja o homem perfeito, mas sim, o homem certo, pois o homem perfeito só existe na idéia, já o homem certo ele existe de verdade pois, possui defeitos e qualidades e para que o amor seja verdadeiro devemos amar inclusive os defeitos do ser amado e vice - versa.

Não espero meu príncipe encantado como nos contos de fadas, os príncipes dos contos de fadas não existem, mas o príncipe que trabalha ao meu lado existe, ele é real, eu só preciso enternalizá-lo dentro de mim com toda sua humanidade, respeitar seus limites e aceitá-lo como ele realmente se apresenta a mim e não como eu quero que ele seja.

Só assim, como nos contos de fadas, na realidade também podemos ter o nosso "Felizes para sempre".

Solares

Hoje é tempo de ser feliz.”

Fábio de Melo

sexta-feira, setembro 12, 2008

VIDA

Existe milagre maior do que o Dom da Vida? Vivemos correndo o tempo todo atrás de milagres que possam modificar as nossas vidas dando-lhes um sentido. Pois, o milagre da criação é tudo isso, modifica e dá sentido as nossa vidas. O nascimento de uma criança sempre traz consigo alegria, prosperidade e esperança, é a boa nova que chega para anunciar coisas novas.

Este milagre nos é dado por Deus todos os dias, a cada minuto, segundo, nasce um ser na terra a fim de fazer valer o propósito de sua existência. Embora o ser humano, não saiba por que e para que veio a este mundo, o ser humano é convidado todo tempo através de suas dúvidas, conflitos existenciais a tomar consciência do seu propósito na terra. O nascimento de uma criança é um presente de Deus tanto para o bebê quanto para a mãe, mãe é responsável pela dádiva confiada, tendo que transmitir a seu filho educação, princípios e orientá-lo para suas escolhas que ao final dirá quem ele é. O papel dos pais vai mais além, a eles cabem a segurança e o amor devotados aos seus filhos até o fim de seus dias. Quanto ao filho, se receber dos pais, os princípios básicos e principalmente amor e limites, se tornará um ser de bem e honrá teus pais também até o fim de seus dias.

Mas, infelizmente nos últimos tempos o que temos visto nos noticiários é uma relação entre pais e filhos como maldição e não milagre. Pai que joga filha da janela do 6 andar, é mãe que afoga seu filho no rio e por último uma pai juntamente com esposa, que não é mãe dos garotos, matam e esquartejam seus dois filhos friamente. E aí me pergunto: O que está acontecendo? Aqueles quem deveriam nos proteger são aqueles que nos ameaçam. Por que será que a relação entre pais e filho esta sendo permeadas pela falta de amor e o descontrole? Gostaria muito de poder explicar essas barbáries, mas por mais que eu tente não consigo encontrar uma razão para essas atrocidades, o que essas crianças teriam feito de errado que fizeram seus pais se descontrolarem ao ponto de tirar-lhes a vida? Somente Deus pode ter a explicação, pois Ele tem o poder de saber o que se passa em nossos corações, e também só a Ele cabe definir o destino desses pais.

Eu continuo acreditando que a vida é o maior e o melhor presente que Deus nos possa ter dado, muito embora não tenhamos a menor noção para que ela(vida) serve. Na minha família a cada nascimento de um sobrinho era motivo para comemorarmos, íamos todos, porque a família é grande, para a maternidade para esperar o milagre que estava a caminho, as enfermeiras diziam que nunca viram tanta gente esperar uma criança nascer. Hoje todos eles estam crescidos, alguns ainda são menores, mais tiveram dos pais e de nos tias, amor, proteção, educação, princípios e principalmente limites, brigamos muito como toda família normal, mas no final o amor vence. Eu sou uma tia coruja, não sou mãe, mas me sinto mãe de cada um deles, pois participo de suas vidas, digo sem sombras de dúvidas que daria minha vida por eles quantas vezes forem necessárias. É isso que Deus espera que façamos com o presente que Ele nos deu, amor, proteção e preparação para aquilo que ele ainda vai ter que trilhar pela vida. Pois, é isso que Deus faz com todos nós seres humanos, por nós Ele é capaz de tudo, como diz na música de Padre Fábio de Melo: "Deus é capaz de trocar, reinos por ti, abrir mares para que possas atravessar e se preciso fosse daria novamente a vida por ti, Deus só não é capaz de deixar de te amar."

Eu espero que um dia a humanidade cresça o suficiente para entender a responsabilidade que Ele nos dá concedendo o milagre da vida. Eu valorizo, glorifico e agradeço pelo meu milagre de existir, posso me considerar uma pessoa privilegiada, pois apesar da minha mãe não aceitar a minha gestação, ela tinha lá os seus motivos, e ter feito de um tudo para que eu não viesse ao mundo, Deus me protegeu e me amou, Ele me desejava, até o fim da gravidez da minha mãe nada me aconteceu, no dia do meu nascimento, mais uma demonstração do amor de Deus por mim aconteceu, o médico que fazia o meu parto percebeu que o cordão umbilical estava todo enrolado no meu pescoço, e naquele momento existia o risco de morte para mim, mas as mãos de Deus repousou sobre a do médico que de uma forma inexplicável consegui me trazer ao mundo sã e salva. O médico de tão surpreso que ficou disse, que eu seria uma garota de muita sorte e que daria muito trabalho. Ele tinha razão me considero uma pessoa de muita sorte e dou muito trabalho para as pessoas que convivem comigo. Sei que o desejo de Deus por mim tem uma razão de ser, e eu estou pronta para quando ele me revelar.

O propósito da existência está no livre arbítrio, Deus nos fez livre para as escolhas, tenho buscado fazer as escolhas certas, não é fácil, mas o próprio Deus não disse que seria, tenho conduzido minha vida conforme as minhas escolhas, sejam elas boas ou más, nenhum ser humano pode ser grande se não passar pelas duas experiências, nesta busca de me encontrar neste mundo e minha tarefa a cumprir, descobrir no livre arbítrio que DEUS NÃO É CONTROLE, DEUS É ESCOLHA e é por entendê-lo assim que faço das minhas escolhas uma forma de Deus legitimar a verdadeira razão da minha existência.

"Os erros podem ser fontes de virtudes, de pende do jeito que você os vê."

Solares