Como todos sabem, sou estudante de Filosofia, estou na reta final do meu curso. Feliz e convicta da minha escolha participei pela segunda vez do Congresso Nacional de Filosofia, sediada novamente em Salvador no período de
No referido Congresso foram apresentados mais de 800(oitocentos) trabalhos simultaneamente das 08h às 18h, fechando ao dia com plenárias tendo como participantes a mais alta cúpula do meio filosófico, a exemplo de Marilena Chauí.
Mas, apesar das vastas atividades, uma me chamou mais atenção: o Mini-curso de Pensamento filosófico brasileiro no período colonial, ministrado pelo Prof.º Paulo Margutti, um simples mineirinho que como todo bom mineirinho, chegou de mancinho e tomou conta do pedaço. Ele levantou a questão da existência ou não de um pensamento filosófico brasileiro e, diga-se de passagem, fez uma belíssima explanação contagiando particularmente a mim simples estudante de filosofia.
Os momentos vivenciados por mim no referido curso foram de muita valia, me fez retornar as minhas origens e descobrir que nós, brasileiros, não conhecemos de fato a nossa identidade, daí a descrença, por nossa parte de um pensamento filosófico brasileiro. O referido Professor não só fez uma viagem as nossas origens como traçou o perfil de nossa identidade que ao contrário do que nós pensamos é bastante rica. Foram vários os momentos prazerosos, a cada descoberta uma reflexão e um despertar para a cultura de nosso país. Professor Margutti foi coerente e preciso nos mostrou que há muito que conhecer no Brasil, e desbravar esse conhecimento é um caminhar em direção a um saber grandioso. Sem falar no entusiasmo de Margutti e na crença em seu trabalho ele fez-me lembrança de um professor muito amado e querido na minha vida; Jaime Sobrinho (falecido), meu grande incentivador e amigo, que acreditava e morreu acreditando em suas convicção (ver no arquivo de fevereiro-mensagem - Ao meu mestre com muito carinho).
Por esse motivo, e como é de hábito homenagear
Quero parabenizá-lo, Professor Margutti pela coragem em expor a um público, ainda que pequeno, a importância de se investigar o pensamento filosófico brasileiro, obrigada por não ter nos furtado desse conhecimento, acredito que o seu trabalho é de um valor e importância enorme, embora alguns ditos filósofos torçam o nariz a ele. Mas, quero que saiba que não só creio como pretendo colaborar com ele, muito embora o meu conhecimento acerca do assunto seja minúsculo.
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem esta prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem esta prisão
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem esta prisão
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
(Engenheiros do Hawaii- Somos quem podemos ser)