A capacidade de amar intensamente é privilégio de poucos! Solares

"Eu tenho a alegria de dizer, nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que eu consigo amar sem interesses, cada vez que eu posso me doar para alguém é o meu coração que ganha em qualidade e humanidade!"
Pe. Fábio de Melo

segunda-feira, abril 24, 2006

"De Mentora Intelectual a Cúmplice"

Há mais ou menos duas semanas o Programa Fantástico conseguiu, faltando dois meses para seu julgamento, uma entrevista com Suzane Von Richthofen, aquela menina bem-nascida, filha de pais ricos, que no dia 31 de outubro de 2002, abriu a porta de sua casa para seu namorado Daniel e o irmão dele Cristian assassinarem brutalmente seus pais a golpes de barra de ferro. A polêmica da reportagem ficou em torno da gravação "indevida" de uma conversa entre Suzane e seu advogado, onde ela repentinamente deixa a entrevista e corre em direção ao advogado dizendo não querer mais falar, e ele a manda retornar, falar com a voz embargada e simular um choro para por fim a entrevista. A repercussão desta gravação teve um impacto midiático muito grande, todas as emissoras só falavam na encenação da jovem. Por acaso, estava vendo a TV RECORD e assisti a uma entrevista do citado advogado, que se mostrou indignado com a falta de ética da TV GLOBO, aí me perguntei? De que tipo de ética ele está falando? Sim, porque ética no Brasil é igual à vida, cada um tem a sua. E logo em seguida o repórter da TV RECORD, perguntou a ele o que o mesmo esperava no julgamento de Suzane? E ele respondeu: "Quero que a justiça seja feita!". E novamente me perguntei: De que justiça ele estava falando? Daquela que favoreça Suzane?
A minha intenção ao escrever esta edição não é de julgar Suzane, pois isso não me cabe, embora eu tenha sua condição bem clara em minha mente por tudo que já li sobre o caso na época e agora, mas de mostrar o empenho dos advogados de defesa de Suzane de inverter sua condição de MENTORA INTELECTUAL DO CRIME, PARA CÚMPLICE, o que é vergonhoso e absurdo, já que todo país assistiu ao desenrolar do assassinato do casal MANFREAD E MARISIA VON RICHTHOFEN. Suzane não só confessou o crime como deu detalhes dele, como contou o Promotor de Justiça Roberto Tardelli: "Quem planejou o crime foi Suzane e Daniel e esse crime não foi planejado em um dia. Ele demorou meses para ser gestado, assado, pronto, provado e testado". Segundo o Promotor Suzane e Daniel dois meses antes compraram uma arma e até treinaram disparos na dependência da residência dela, mas acabaram achando que o barulho chamaria a atenção dos vizinhos, tinha que ser um meio silencioso, discreto e eficiente, enquanto escolhia o método mais eficaz Suzane almoçava no Shopping com sua mãe. Segundo confessou Suzane, foi assim que ela e seus comparsas agiram: "Chegamos em casa, eu entrei e fui até o quarto dos meus pais. Eles estavam dormindo. Aí, eu desci, acendi a luz e falei que podiam ir. Fiquei sentada no sofá, com a mão no ouvido. Eu não queria que meus pais morressem. Mas aí, eu percebi que não tinha mais o que fazer, que já era muito tarde!". Ela disse que não queria mais que os pais morressem, mas teve suficiente sangue frio para espalhar documentos e contas a pagar pelo chão da biblioteca, sem falar que ajudou os irmãos Cravinhos a arrombar, com uma faca, a maleta que o pai dela guardava dinheiro, e a qual ela tinha a senha, colocando R$ 8000,00 e 5000(dólares) na mochila de Cristian achando que assim daria mais veracidade a versão de assalto. O Juiz da 1º Tribunal do Júri pediu a prisão de Suzane, mas não foi por causa da entrevista, mas sim, por achar que a liberdade dela poria risco a vida do irmão Andreas, com quem vem se desentendendo por causa do patrimônio deixado pelos pais, além de querer receber a sua parte no seguro de vida dos mencionados, chegando até, instruída pelos advogados, a entrar com uma ação na justiça para administrar os seus bens e requerer o seguro. Para o Promotor Tardelli, isso a complicou mais ainda no caso: "O interesse que ela tinha no dia em que matou é o mesmo que ela tem hoje. Os bens dos pais". O pedido de Suzane para administrar os bens, bem como de requerer o seguro junto a Justiça, pode ser usado contra ela como prova do assassinato pelo Ministério Público. Enquanto isso os advogados de defesa dela insistem na tese de que Suzane foi levada por um impulso, um momento, pelas drogas, pela "obsessão" pelo namorado, e que antes dele ela vivia muito contente e feliz com seus pais - diz Oliveira Filho - Advogado de Defesa: "É que Suzane não participou efetivamente das mortes". Um ursinho de pelúcia com uma arma dentro, que foi encontrado no quarto de Suzane, é, para a Promotoria de Justiça, a imagem que resume a personalidade da jovem: "ao mesmo tempo delicada e cruel".
Bem meus amigos, o fato é que, não importa os motivos que a levaram a cometer tamanha atrocidade com seus próprios pais, se drogas, se foi a "obsessão" pelo namorado, se foi a proibição do namoro por parte dos pais, emfim, estado normal é óbvio que ela não estava, mas o que é importante falar é que tudo que aqui foi levantado com possível justificativa do ato em si, não é suficiente e nem valida o ato, pois nada justifica a forma vil e brutal que MANFREAD E MARISIA foram mortos, essa é minha conclusão, se para cada ato impensado que fazemos buscarmos justificativas que valide as nossa ações nunca seremos responsáveis por nada que fazemos, aliás pensando bem, já pensamos assim, pois tudo que fazemos dizemos "não foi eu", quando não pomos a culpa no coitado do DIABO. Estou indignada com a tese com que trabalham os advogados de defesa de Suzane, claro que ela não participou efetivamente das mortes dos pais, já que ela os havia matado em sua própria mente, no pensamento de Suzane seus pais já estavam mortos ela só precisavam de alguém que materializasse o seu pensamento e foi onde entraram Daniel e Cristian Cravinhos. Diante do exposto e da declaração do Promotor de Justiça, está clara a condição de Suzane de MENTORA INTELECTUAL DO ASSASSINATO DE SEUS PAIS e não CÚMPLICE dele, como os advogados dela pretendem convencer ao tribunal e a opinião pública.
O SER HUMANO é um ser complexo e desconhecido, portanto não é capaz de mensurar seus atos, se diz incapaz de cometer tal ato até, que este se revele diante dele e lhe impulsione a fazê-lo. Mas Deus como Bom e Justo que é, nos proporciona o direito de escolha e a depender da escolha que façamos haverá uma conseqüência. Suzane fez a sua escolha e agora terá que enfrentar as suas conseqüências e o peso delas, possivelmente esse peso pelas leis brasileiras possam ser aliviadas com sua ABSOLVIÇÃO, já que elas não são confiáveis, mas com certeza não conseguirá aliviar o peso da sua consciência.

SOL

"Nunca somos privados do livre-arbítrio. Nossas vidas e a vida de todas as pessoas com quem interagimos no estado físico serão afetadas por nossas escolhas, mas ainda assim as marcas predestinadas ocorrerão. Encontraremos as pessoas que planejamos encontrar, enfrentaremos obstáculos e circunstâncias e teremos as oportunidades que planejamos muito antes de nascer. A forma de lidar com esses encontros, as nossas reações e decisões, dependerão de nosso livre-arbítrio. Destino e livre-arbítrio co-existem e interagem o tempo todo. São forças complementares e não contraditórias".
(WEISS, Brian- Mensagem dos Mestres)

segunda-feira, abril 03, 2006

Por que os Três Mosqueteiros eram quatro?

Uma vez uma pessoa que adora enigmas, desses que a resposta nunca é fundamentada, me perguntou, como quem sabia ter eu a resposta para sua pergunta: " Minha irmã, por que os Três Mosqueteiros eram quatro?". Eu, de imediato respondi sem fundamento algum, que no inicio eram três e que depois chegou o quarto.

Esta resposta não convenceu meu irmão mais velho, ele esperava mias de mim. Ele acreditava que eu era a sua irmã mais inteligente, e eu, no ímpeto de não desapontá-lo, resolvi pesquisar sobre o assunto para fundamentar minha resposta. O descontentamento do meu irmão estava em a obra de Alexandre Dumas se intitular, “Os três mosqueteiros”, então por que D'artangnan, era um mosqueteiro? seria ele o quarto mosqueteiro?. Então pensei: Como desfazer esse nó?

Na verdade eu nunca tinha pensado nisso. Assistir a quase todos os filmes dos mosqueteiros e nunca me ative a este fato. Sei que quando essa pergunta me foi feita a pessoa que a fez também não tinha a mínima ideia da resposta, era uma pegadinha, dessas como qual a cor do cavalo branco de Napoleão? Uma coisa é certa a pergunta por muito tempo me perturbou e eu então resolvi buscar uma explicação lógica, se é que existe, que pelo menos me satisfizesse e que surpreendesse meu irmão, acredite isso aconteceu!.

Comecei então minha investigação, primeiro assistindo a dois filmes sobre os mosqueteiros que foram fundamentais para construir meu pensamento; As aventuras dos Mosqueteiros e O homem da Máscara de Ferro. O primeiro, narra o sonho do jovem D'artangnan em tornar-se um mosqueteiro; o segundo, mostra os Três Mosqueteiros aposentados e D'artangnan ainda na ativa a serviço do filho mau do Rei.


Bom, os dois filmes contam a trajetória de ARTHOS, PORTHUS E ARAMIS, três homens corajosos, destemidos e habilidosos com o manejo de espadas, a serviço do Rei Luís XIII, que se propuseram a treinar a guarda do rei a tal ponto que esta fosse a melhor que já existira. E assim foi fundada a COMPANHIA DOS MOSQUETEIROS liderada pelos Três Mosqueteiros, a maior e mais competente, que passou a ser a guarda oficial do rei.

Com o passar do tempo a adesão à companhia passou a ser o sonho de todos os homens que viam em ARTHOS, PROTHUS E ARAMIS o exemplo a ser seguido. Todos que eram recrutados para ingressar à companhia tinham que passar por um teste com os Três Mosqueteiros, que determinavam quem estava apto ou não a pertencê-la. A companhia cresceu e foi dividida em duas: "COMPANHIA DE MOSQUETEIROS EM TEMPO DE PAZ", que fazia a guarda do castelo e do rei e a "COMPANHIA DE MOSQUETEIROS EM TEMPO DE GUERRA", que fazia a guarda ostensiva fora do castelo, ambas tinham a liderança dos Três Mosqueteiros. Pela competência, destreza e experiência o Rei Luís XIII nomeia, então, ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS, conselheiros da Coroa, agora eles não só lideravam as companhias e fazia a proteção do rei, como também eram seus conselheiros direto nas decisões que por ventura o rei viesse a tomar.

Havia um jovem fidalgo, que sonhava em ser um mosqueteiro, mais precisamente como os Três Mosqueteiros, seu nome D'artangnan. Mas, ele era muito novo para ser um mosqueteiro... teria que ser um homem mais velho e experiente, qualidades que o jovem ainda não possuía. Mas isso não foi suficiente para encerrar o sonho do jovem D'artangnan. Ele procurou a companhia e passou por um teste, ele era muito bom com a espada, mas ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS, o achava muito jovem, incapaz de antecipar-se a uma investida de um ataque do oponente, eles subestimaram D'artangnan, dizendo ser ele muito imaturo, muito embora, os três admirassem o rapaz pela sua coragem.

Por fim, D'artangnan não foi aceito, apesar de ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS, reconhecerem seus talentos. Isso, o deixou muito triste, mas jamais destruiu definitivamente com o seu sonho, e foi justamente numa tentativa dos inimigos em derrubar o rei e tomar-lhe sua coroa que D'artangnan pode mostrar todo seu potencial.

Os inimigos articularam-se e vieram para cima dos Mosqueteiros, juntaram-se as companhias lideradas, é claro, pelos Três Mosqueteiros e contra-atacaram os inimigos. ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS, só não contavam com uma surpresa... D'artangnan. Que surge de repente e se uniu aos três, lutando com eles, colocando sua vida em risco para salvar o rei. O final? todos nós já sabemos, os mosqueteiros saíram vitoriosos e D'artangnan pôde então, ingressa como o mais jovem mosqueteiro a serviço do rei. O Rei Luís XIII, por indicação de ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS, nomeou então, D'artangnan como 1º Tenente de infantaria da "COMPANHIA DE MOSQUETEIROS EM TEMPO DE GUERRA". Quanto aos Três Mosqueteiros, permaneceram como conselheiros do rei e liderando as duas companhias e entre os quatros se firmou uma sólida amizade, lealdade, companheirismo e fidelidade. Eles não só eram admirados pelos seus colegas de companhia, como pelo povo que os tinha como verdadeiros HERÓIS.

Portanto, D'artangnan não foi um quarto mosqueteiro por ser ainda muito jovem, mas exerceu posição de destaque em reconhecimento a sua bravura e destreza no manejo das armas, ele era bom, como os mosqueteiros. Mas, existia uma regra para o ingresso à companhia, e ela não poderia ser desrespeitada. Por fim, podemos ver o D'artangnan, atuando como um mosqueteiro no filme o Máscara de Ferro, ali podemos ter uma ideia clara de como ele era jovem, pois os três mosqueteiros ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS, estavam aposentados, e ele não. Mesmo, assim ele era o Capitão da guarda e não um conselheiro real, posição ainda ocupada por ARAMIS, agora padre. Resumindo:
1) Todos que faziam a guarda do rei eram mosqueteiros, e tinha idade para tal;
2) O título "Os três Mosqueteiros", dado por Alexandre Dumas à sua obra, refere-se ao lugar de destaque galgado pelos três: ARTHOS, PORTHUS e ARAMIS. Por terem sido nomeados conselheiros direto do Rei, posto de confiança;
3) Portanto, D'artangnan foi um membro da companhia (externa ao palácio), como Tenente por ser jovem demais para ingressar como mosqueteiro, o que ele se tornaria anos mais tarde quando tivesse idade.

Bom essa foi a minha releitura do romance de DUMAS, tudo que aqui relatei na está explícito nos filmes, são conclusões minhas(conclusões tiradas após pesquisas) mas, se você prestar atenção nas entrelinhas dos diálogos acabará percebendo muito bem a história. Não sei se existe resposta para o que me foi perguntado, mas foi muito bom ter viajado no romance de Alexandre Dumas, pude perceber coisas que passaram desapercebido e que são de grande importância para se entender a obra.

O mais difícil não foi investigar a pergunta em questão, mas sim ter podido, no meu ponto de vista, respondê-la para mim mesma. Quando expus essa minha trajetória para meus amigos, eles ficaram admirados, até acharam coerente, mas aí, me perguntaram de onde eu havia tirado tal conclusão. Eu respondi que fiz uma releitura da obra e construir o meu pensamento acerca do material que utilizei para fazer a minha investigação.

Sabe o que eles falaram? Primeiro riram, depois me disseram que pensou que eu tivesse lido isso de algum escritor, em um livro, ou de algum estudioso da obra, e não deram mais importância, aquilo que em algum momento lhes pareceu coerente, não era mais, pois não foi nenhum pensador importante que disse, mas sim uma simples mortal que ainda por cima era mulher, o velho preconceito... . Essa conclusão pode não ter vindo de nenhum pensador famoso, mas veio de mim que penso e existo, o fato de eu não me contentar com uma resposta comum e me lançar a buscar uma explicação para uma reposta sem ao menos saber se ela existia, despertou em mim a crença de que eu "POSSO FAZER", que todos nós podemos fazer. Os pensadores são o perfeito exemplo disso, para que hoje eles tivessem suas ideias reconhecidas, ousaram pensar e buscar responder as questões daqueles que tiveram medo de descobri-las.

O que posso dizer disso tudo, é que foi maravilhosa essa experiência, o universo dos "TRÊS MOSQUETEIROS", é fabuloso, a história é envolvente, embora a achemos chata, ela é rica em diálogos, sem falar que o pano de fundo nos reporta para aquilo que perdemos, a crença no SER HUMANO e a LEALDADE ENTRE AMIGOS.
E quem quiser, e for capaz que conte outra...


"Um por todos e todos por um"

(Os Três Mosqueteiros)

"Não existe nenhuma pergunta idiota que não mereça uma resposta inteligente"
SOL