A capacidade de amar intensamente é privilégio de poucos! Solares

"Eu tenho a alegria de dizer, nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que eu consigo amar sem interesses, cada vez que eu posso me doar para alguém é o meu coração que ganha em qualidade e humanidade!"
Pe. Fábio de Melo

quinta-feira, agosto 25, 2016

A cultura do estupro através do mito de Medusa

Falando um pouco sobre o estupro da garota por trinta e três homens, se não me engano, algo repugnante e inconcebível.... Melhor dizendo... lamentável!!!

Tal acontecimento me remeteu a um passado longínquo onde não só os homens são cruéis, como as mulheres também. A violência do estupro é algo muito mais presente e intrínseco do que podemos imaginar. Não aconteceu apenas em séculos passados como tem sido ventilado na mídia ou em revistas feministas, mas sim há milhares de anos, mas precisamente 3.000 anos, quando as grandes civilizações estruturam seu pensamento sobre as mulheres pautando nelas, um ideal de total desfavorecimento e submissão. Essa mentalidade esquadrinhada naquele tempo, perdurou por muitos anos e chegou a nossa atualidade. Hoje, procuramos culpar alguém por tamanho descaso e desmerecimento as mulheres, e sempre nos deparamos com o pensamento tacanho e preconceituoso de outrora, e, nos pegamos ainda, repetindo os mesmos feitos....somos responsáveis pelo pensamento que se formou por décadas sobre as mulheres? sim! Todos somos, mulheres e homens.
É inegável que a cultura que comungamos dos nossos ancestrais, e quando falo de ancestrais, entendam os gregos, nos tornou responsáveis pela narrativa acerca das mulheres, quer sejam mulheres como as de Atenas (cidade), quer seja uma Helena de Tróia. A história fizeram das primeiras um exemplo e da segunda deplorável.

A trajetória da narrativa do estupro reacendeu, nos últimos dias, a velha discussão ou melhor, polêmica, a cerca da conduta da mulher. Sempre estigmatizada, a mulher, quando estuprada é inquirida sobre o que a levou a tal ato, como se tal violência pudesse ser justificada ou permitida.
O ocorrido com a garota(estupro coletivo) me fez lembrar de uma história grega sobre a banalização da condição da mulher. Foram eles, os gregos, que nos trouxeram seus ensinamentos, somos herdeiros do seu legado, porém, eles não são totalmente culpados pelos erros relatados. O maior legado que o homem grego deixou para o mundo ocidental, foi a mitologia(narrativa sobre a origem dos deuses, das coisas e do mundo). Através dela a cultura ia sendo propagando de geração em geração, em forma de canto pelos Aedos, e aqui estamos, segundo o pensamento deles.

No bojo do legado mitológico, existe uma narrativa muito intrigante que nos reporta ao ocorrido com a garota aqui em questão, o mito de Medusa.
Antes de ter sua aparência horrível e de petrificar a todos que a olhava. Medusa era um das mulheres mais bela de Atenas(cidade), desejada pelos homens e invejada pelas mulheres. Medusa era sacerdotisa da Deusa Atena, que para tal precisava ser virgem, pura, devotada e serva, e assim ela viveu com muita satisfação. Mas, o olhar cobiçoso do homem, em especial o do poderoso e másculo deus Poseidon, não pôde evitar, aquilo que Freud classifica como, o principio de prazer, e usando de violência estuprou Medusa dentro do templo da deusa Atena (local onde ela achava que estava protegida), profanando não só o tempo da deidade, como o corpo da bela donzela, que também não deixa de ser seu templo. O principio de prazer nada mais é que,
o desejo de gratificação imediata, segundo o psicanalista acima. Desejo esse, que Poseidon não titubeou em realizar.

Devastada e sem saber o que fazer, pois segundo as leis gregas, a mulher que não era mais virgem não poderia ser desposada, nem tão pouco ser uma sacerdotisa. Medusa então, viu seu mundo ruir. O estupro dentro do seu santuário, foi tomado como uma ofensa por Atena(deusa) que
furiosa, não pelo ato violento de Poseidon, mas por onde o fato ocorreu, resolveu condenar sua sacerdotisa. Aos seus olhos, a culpa da profanação local foi de Medusa que com sua sensualidade peculiar, despertou a cobiça em tal deus, levando-o a consumar o ato em seu solo sagrado. Para Atena, Medusa provocou Poseidon, imbuída de seus atributos e que a mesma deveria ter resistido até a morte para preservar sua virgindade.


Diante disso,  julgou o fato: o agressor isentando e eximindo de qualquer responsabilidade no ocorrido, recaindo a culpa para Medusa, por não ter lutado o suficiente para se manter pura e por ter desrespeitado sua abadia. Mais uma vez a história nos leva a  identificar  a mulher como objeto de pertença do homem e não como uma pessoa independente, com personalidade e vida própria.

Medusa, vítima dos poderosos...é agora culpada!

Apesar de reconhecer que o estupro é algo condenável, Atena não hesitou em condenar Medusa, imputou a ela a responsabilidade total do ato. Em seguida, transformo-a em uma górgona (cadáveres humanos), rachou toda sua pela que antes era macia, viçosa, bem tratada e no local dos seus cabelos colocou serpentes...e não parou por aí....todos que a olhavam, eram petrificados. Relegada a pior das criaturas, Medusa foi confinada ao isolamento em uma ilha longínqua, uma vez que não podia mais viver em sociedade.

Em síntese: A beleza e a condição em ser mulher de Medusa, foram indícios suficientes para a autorização do estupro por parte do ser divino. A sentença imposta a sacerdotisa foi a mas cruel
, ela é "extirpada da relação humana, como um mal que precisa ser eliminado, assim como deve ser destruído tudo que fisicamente representa sua feminilidade e sexualidade". (Amanda Beatriz , em Blogueiras Negras)

E este foi seu grande e lamentável erro...ser bela, sensual e mulher, a imponência da deusa da Sabedoria se desdobra ainda mais quando ela ajuda Perseu a exterminar a górgona. E quando o guerreiro a degola, a cabeça de medusa vira amuleto no peito de Atena, demonstrando as demais mulheres o que pode lhe acontecer se incorrer na mesma falta que sua serva.

O panorama histórico descrito aqui não mudou muito nos dias de hoje...o poder condenador da mulher que julga o estupro ainda está imbuído do argumento da deusa...os discursos são os de sempre...com que roupa ela estava, se troca de homem a cada semana, com quem convive...como se a condição moral também fosse um fator autorizador da violência. A forma condenatória das mulheres, às vezes são mais cruéis do que o pensamento engessado de alguns homens, por conta disso sempre somos levadas a pensar que o homem é mais preconceituoso ao falar do sexo oposto.

Qual o antídoto para todo esse mal que se arrasta pelo tempo? Sinceramente? Não tenho uma resposta pronta para esta pergunta. Posso arriscar esboçar um pensamento pessoal que talvez ajude na composição de algo que no futuro, mereça uma pequena consideração.

Como filosofa sempre vou acreditar que o conhecimento é o caminho que desbravará horizontes...o conhecimento contextualizado lhe permite comparar o antes e o depois e te leva a sintetizar os pros e os contras de cada evento vivenciado. Como dizia o grande filosofo alemão Hegel, uma teste (afirmação geral do ser) mais uma antítese (negação da tese), te leva a uma síntese (negação da negação) aprimorada...ou seja, uma reformulação...então, conhecer o seu passado, sua história e refletir a cerca dos fatos, que diga-se de passagem não muda muito com o passar do tempo, te abrem possibilidades e te permitem formular melhor seus pensamentos, sem que com isso ele se aprisione e fique parado em algum lugar do passado. Pensar a cultura do estupro como algo a ser reformulado em nossas mentes, e em nossa educação de uma forma geral, creio eu, que seja o maior passo a ser dado em direção ao novo pensar da humanidade acerca do todo. O preconceito e o julgamento apressado das coisas, recaem numa sentença injusta e mal sucedida, e a depender dela, um fato negativo marque de vez a nossa narrativa e com isso, talvez, vivamos para reparar nosso feitos, a fim de recontar uma nova história, que poderá ser boa ou ruim dependendo de como nosso pensamento seja reformulado.

Solares

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

50 Tons de cinza: Uma visão despretensiosa



Chegou as telonas, no dia 12 de fevereiro, o tão aguardado filme, 50 Tons de cinza. Para começar quero confessar que não li o livro e que só sei de ouvir falar através de seus fãs e curiosos. Quando o best-sellers a mim foi relatado, logo percebi que não fazia meu gênero, e quem me conhece sabe o quão exigente e criteriosa sou com minhas leituras. Mas, independente de satisfazer ou não o meu gosto, a obra ganha vida e arrasta milhões de adeptos as salas de cinema, na expectativa de ver a narrativa acontecer de forma concreta e substancial.

Ao tomar conhecimento do enredo que permeia a escrita, de imediato lembrei-me de um outro folhetim do gênero que também ganhou vida em 1986. Estou falando da fita, Nove semanas e meia de amor da autora Elizabeth McNeil, que trouxe nos papéis principais Mickey Rouke (John) e Kim Basinger (Elizabeth). Desculpem, não evitar comparações entre as duas encenações.

No conto de Elizabeth MsNeil, entramos em contato com a história de um bilionário (Rouke) que é afeito a fantasias e fetiches sexuais picantes, sempre como um dominador. E que ao conhecer Elisabeth (Basinger) a submissa, à arrasta para seu mundo de devaneio lascivo, tornando-a sua dependente psicológica. A mesma história é vislumbrada pela autora E. L James da biografia aqui em questão, onde o personagem de Christian Grey (Jamie Dorrnan) é um dominador de incontrolável impulsos sexuais, e afeitos à objetos sádicos, masoquismo, dominação e bondage, que o torna ao mesmo tempo violento, mas sedutor. Ele também está em busca de uma submissa, no caso Anastásia Steel (Dakota Johnson), a fim de promover a ela o ápice da relação física, inserindo a esse vínculo seus “brinquedinhos” como garantia certa do máximo de prazer ao tempo que ele satisfaz seu ego doentio. O que que há de semelhante e diferente entre ambas as crônicas? Vejamos.
Nove semanas e meia de amor

Tanto em Nove semanas e meia de amor quanto em 50 tons de cinza, a semelhança está, no amor que as submissas despertam sem seus dominadores (clichê não?). A diferença entre eles está, na forma em que cada dominador conduz seus impulsos sexuais. Grey (50 tons de cinza) alia a sua forma violenta e sedutor, seus brinquedinhos sadomasoquista. Enquanto John (nove semanas e meia de amor), eleva seu espírito sedutor aos limites do desejo, envolvendo-se com sua submissa rapidamente e com ela iniciando a prática de jogos sexuais cada vez mais intensos, que torna o relacionamento cada vez mais complicado e difícil de ser controlado, transformando-se em um pesadelo erótico de fantasia e dominação psicológico. Contudo, sem os “brinquedinhos” do senhor Grey. Para falar a verdade... prefiro esse roteiro.



 
 Nove semanas e meia de amor










           Fantasias e fetiches






              Sensualidade




 
 


    

Cenas picantes e excitantes











Apesar de toda tensão que envolve o filme, não tive curiosidade em assisti-lo, pelo menos de inicio. Porém alguns amigos meus, que sabem como amo a 7ª arte e como gosto de fazer comentários críticos sobre ela, me pediram que o prestigiasse e que depois fizesse uma análise sobre ele. Reafirmei-lhes que, se a fizesse não seria de forma profunda, uma vez que não li o exemplar. Mas, diante de tanta insistência e do desafio, e eu adoro desafios... aceitei-o e desloquei-me até uma sala cinematográfica mais próxima, imbuída de um senso crítico e sem qualquer pretensão de denegrir à imagem da autora e sua narrativa original.


         Dominação


              Sadomasoquismo













A película de inicio me entreteve. O encontro entre os personagens principais foi salutar e excitante. O entrelaçamento de olhares, os vocabulários picantes (embora os diálogos fossem pobres), a linguagem corporal de ambos (principalmente de Grey que incrivelmente vai preenchendo todos os espaços cênicos para um perfeito enquadramento das cenas), o frenesi do flerte que toma conta dos protagonistas até a descoberta da sensualidade e sexualidade por parte de Anastásia...tudo lindo!!!!!!!!!!!!
Porém, quando Grey dá vasão ao seu lado sombrio e obscuro, todos os elementos da sedução lançado mão anteriormente, saem de cena e dão lugar ao violento sedutor sádico que conduz a heroína da história ao seu mundo de recalque, fixação e sexualidade mal resolvida ...essa parte não tem nada de lindo, mas sim deprimente!!!!.


Nesse momento o cine não mais me agradou e pedi a Deus que acabasse logo. Os restantes finais da tira, se resumem ao conflito vivido pelo bilionário quando percebe que está apaixonado pela inosa mocinha e as implicações de levá-la cada vez mais para seu submundo. Esta foi a única visão romântica da história que eu pude vislumbrar, uma visão tosca, mas que existe em cada fábula do mito do amor romântico. (novamente clichê)

Não vou dizer que fui seduzida pela mega produção, mas ao ser desafiada pelos amigos me senti na necessidade de dar a eles uma resposta, e aqui vai ela: o filme não é todo ruim, embora reafirmo que definitivamente não faz o meu gênero. Todavia, não poderia me reservar ao luxo de emitir juízo de valor a priori (conhecimento anterior independe da experiência), apenas com o que foi me relatado e dito sobre a novela, necessito de um algo mais para que possa chegar a um juízo de valor a posteriori (conhecimento seguinte depende da experiência) unindo o empírico e a experiência, resultando em minhas considerações finais:

Não entrarei na seara de bom ou ruim, mas vou arriscar um mediano por considerar alguns pontos substanciais da filmagem, e que embora concorde com a colunista da VEJA Raquel Carneiro, que o grande problema do filme e do livro é a sua autora, que insiste num texto pobre e inverossímil, destaco o que o tornou atrativo, no meu entendimento:

1. As cenas de sexo, que embora fossem tratados com leveza, foram suficientes;

2. Os atores que apesar de não convencerem (muito mais a Dakota Johnson), se propuseram ao concretizar as cenas mais difíceis e desafiadoras. Muito bom para artistas quase iniciantes;

3. A direção esteve perfeita nos enquadramentos, iluminações e exploração dos nus de Grey e nus frontal e lateral de Ana;

4. Contudo, o Oscar de o melhor que o filme pôde oferecer vai para... a trilha sonora, que foi de boa qualidade e impecável.

Mas, a maior premiação fica por conta dos fãs da seriação. Sem eles nenhuma obra seria boa o bastante para ganhar vida, para eles tudo que aqui expus é irrelevante, pois os únicos com propriedade de avaliá-la, por certo são eles e com certeza para eles o filme foi ótimo, só faltou mais cena de sexo!!!! kkkkk
                               Parabéns fãs!!!!!
Solares

sexta-feira, agosto 29, 2014

Nunca sozinha


Padre Fábio de Melo sempre diz que a decepção é algo positivo na vida de alguém. Decepcionar-se com alguém nos ajuda a ver o outro do jeito certo e não do jeito que o idealizamos, é a chance que temos de reconstruí-lo da forma correta dentro de nós. Porque segundo ele, as pessoas não personagens feitas para nos agradar, as pessoas são como são. A partir desse pensamento podemos conhecer melhor alguém.

Ouvi tantas vezes isso nas pegações do padre, li também em seus livros, mas naquela época não tinha maturidade para compreender o que estava no avesso de suas palavras. Apesar de concordar com o contexto de sua explanação, ainda não me permitia vivê-la no meu dia a dia. Foi quando percebi, nessas minhas vivências com decepções, que muitas vezes a idealização não é criada por quem se decepciona, mas sim por aqueles que necessitam se vestir do que não é para agradar a outrem. Nem sem a necessidade de ser outra pessoa não é nossa, mas sim do outro, pois não tem coragem de ser na sua inteireza. Então, independente de onde venha a decepção ela doerá, a sensação de perda fica evidente e o abismo parece interminável. E revisitando pe. Fábio novamente, finalmente cheguei a uma conclusão: a decepção sempre vem acompanhado da reconstrução. Na decepção não há perdas, só ganhos, pois dela nasce a verdade e para vida dá certo é necessário reconstruir as coisas do jeito certo, como ela é de fato, na sua inteireza, não tenha medo disso... eu não tenho mais.

Quero agradecer a Deus pelas inúmeras vezes que Ele me proporcionou a decepção porque fui capaz de me reconstruir e reconstruir as coisas externas da forma como elas devem ser, de ter colocado pessoas iluminadas ( e em especial coisa recente - essa é para ti ROSE por me salvar com suas palavras) que me devolveram a mim, quando me roubaram de mim, e quando permiti que isso acontecesse, quando achei que o abismo era maior que eu e por te me lembrado de quem sou quando estava perdida, para você (s) só posso ser na minha inteireza!
Obrigada de verdade e Deus te ilumine!

 Para todos que fizeram parte dos meus momentos de decepções.

Grata Deus, " Repreende todo mal abra as janelas dos céus sobre mim e derrama bençãos sem fim..."

Solares

terça-feira, agosto 26, 2014

Vida nova, caminho que se segue...



É incrível como a espiritualidade que nos acompanha sempre sinaliza para nós acontecimento que transformarão nossas vidas. Alguns chama isso de intuição, mas eu chamo de ESPIRITUALIDADE AMIGA.

Hoje, a exatamente 9h45min, me encontrava em sala de aula fazendo atividade em grupo com meus alunos, quando de repente rabisquei um pedaço de papel em branco que estava sobre a mesa. Fui compelida a escrever algo que permeava minha cabeça de forma incisiva, então resolvi escrever, veja o a espiritualidade amiga me fez escrever:


Ás vezes adentramos à vida de alguém ou das pessoas para deixar um pouco de nós nela, ou ela em nós. A forma não importa muito, o que importa mesmo é que o processo aconteça e se finque de tal maneira que você não consiga deixar de pensar em você sem pensar no outro. Se por uma acaso uma dessas pessoas um dia tiver que partir, a semente que você deixou nele e ele em você germinou, prosperou, frutificou.... Quem partiu cumpriu a tarefa que lhe foi dada, a de apenas amar, se doar, não há mais necessidade de sua permanência naquele lugar, há outros lugares à espera de você porque o mais importante não é o tanto que você tem, é a qualidade que você dá, e eu me qualificou cada vez que me doou em amor, ainda que seja apunhalada pelos “ditos amigos”.

OBS: O engraçada que ao final do meu dia a mensagem fer todo sentido, mas o mais incrível é que apesar de tudo ter parecido impactante, tive coragem e alegria para agradecer a Deus!
Solares Sd PM

sábado, julho 12, 2014

A copa do mundo no Brasil começa no dia 14 de julho



Mais uma vez tivemos que assisti a degradante queda da seleção brasileira, desta vez, na sua própria casa. O que dizer diante de tanta decepção e humilhação? Nada. Porque tudo está posto desde o principio. A insistência para que a copa acontecesse no Brasil, foi tão somente para desviar o nosso olhar para as coisa que de fato têm maior importância. Um país que não prioriza a educação, a segurança e a saúde não merece ser campeã. É lamentável o vexame, mas foi necessário. Precisamos seguir em frente sempre, acreditando que somos capaz de levantar uma vez mais. Primeiro precisamos fincar nossos pés no chão e exercer nossa cidadania em movimentos que melhorem o aspecto miserável de nosso país e o eleve a condição de campeão das benesses que fazem uma pátria, ainda que sem chuteira ser o orgulho de seu povo. Enquanto nosso patriotismo estiver vinculado a uma partida de futebol, o fracasso poderá ser algo inevitável. A copa acabou? Engana-se quem pensa assim... ela está apenas começando... temos um adversário maior para enfrentar: as urnas. A copa que começa na segunda (14/07) e termina em 05 de outubro, necessita de urgência, necessita de nosso olhar demorado para que também, por ela não sejamos aplacados. A copa que findará em outubro... essa sim temos a obrigação, a necessidade e a urgência de ganhar!

P.S - Solares, apenas mais uma brasileira que não vê o Hexa como benesses a condição atual do nosso país.

"Um país de 1º mundo, não se constrói com copa do mundo" Solares


Solares



quarta-feira, julho 02, 2014

O que querem essas mulheres de Jack Bauer?



Só mesmo Jack Bauer para inspirar novamente e voltar a escrever no meu BLOG. Em sua homenagem aí vai minha modesta análise do seu retorno.
Como todos sabem 24 Horas está de volta, para alegria dos fãs. Jack Bauer está mais encrencado do que nunca e tem que salvar a Inglaterra de um ataque terrorista em 24h. Dia exaustivo para o nosso herói...
A série que foi destaque em 2001, quando teve inicio, foi a primeira abordar o tema do terrorismo, desde o atentado de 11/09, bem como a primeira a eleger um presidente americano negro (personagem fictício de David Palmer). Mas, o seu destaque não está só nisso. O nosso mocinho ou anti-herói, durante esses 9 anos, teve em sua companhia a presença impactante de algumas figuras femininas (Teri Bauer, Nina Myers, Renee Walker e Chloe O'Brian) que mataram e morreram por ele, literalmente. As beldades que tiveram o prazer de trabalhar ao seu lado, conviveram com seus métodos "nada ortodoxos" e apesar de não concordarem com eles, logo forma persuadidas. Foi o caso de Renee Walker, a figura feminina de maior expressão da série (7ª e 8ª temporadas). Mas, como todas que se apaixonaram por Bauer, acabou morrendo, o que foi uma perda lamentável para a seriação. Renee não só foi sua fiel escudeira, como também possuía uma enorme semelhança com a esposa do nosso protagonista, que morreu assassinada pela agente Nina Myers com quem, Bauer mantinha um caso. Agora na 9ª temporada, vemos a agente Kate Morgan seguindo os mesmos passos da agente Walker.
Afinal o que querem essas mulheres de Jack Bauer?
No começo, o repudia e despreza seus métodos, depois se apaixonam, fazem tudo por ele e tornam-se adeptas da sua ética flexível da tortura. Sinceramente? É difícil responder essa pergunta. Mas não podemos negar que o poder de convencimento de Bauer é infalível! Ah... ainda tem o seu charme... a cara de cachorro sem dono e sua voz sensual.
Com diálogos elaborados, inteligentes e uma trama de tirar o fôlego, tudo em tempo real, 24 Horas retorna com a promessa de manter o nível das temporadas anteriores. Apesar do primeiro capítulo não ter sido empolgante a série parece estar se encontrando a partir do episódio 6. Jack retoma sua ética flexível da tortura e tenta salvar o mundo do ataque terrorista de Margot Al-Harazi.
Grande Jack Bauer!
OBS: Ah! Só par constar... Chloe O'Brian foi a única sobrevivente, e apesar de nunca ter tido um romance com Bauer, também não resiste ao seu poder de persuasão.



Solares

sexta-feira, outubro 11, 2013

Procurando por mim


Faz tempo que não escrevo, nem mesmo no meu Blog que nasceu para este fim. Isso é muito engraçado, pois não existe nada que goste mais do que escrever. Escrever sobre mim, sobre o mundo, sobre as coisas do mundo e a influência de tudo no mundo em mim. Gosto das mudanças que o mundo me proporciona, pois nelas sempre encontro um aprendizado perdido e que precisa ser apreendido. Às vezes é muito difícil compreender as pessoas, por isso já parei de tentar, busco entender a mim mesma, pois partindo de mim serei capaz de entender o que o outro quer, isso se chama empatia, a capacidade que temos de nos colocar no lugar do outro quando um acontecimento promove mudanças e que gera um ponto de vista. 
 
É muito fácil julgar e condenar alguém quando não exercermos a empatia, e fatalmente incorreremos em erros. Erros que possam marcar o outro e a você para sempre. Temos que lembrar que toda história tem dois lados e que antes de nos posicionarmos diante de qualquer situação precisamos conhecê-los, pois todo juízo de valor que você emitir pode ser uma versão distorcida de você mesma. Por isso, tenho pensado que o melhor a se fazer diante situações complicadas é silenciar e esperar que o tempo arrume as coisas para você.

Neste sentido, sempre tive como aliado do conhecimento o pe. Fábio de Melo que me ensinou de forma caridosa e humana como proceder diante das circunstâncias usando como exercício diário a dinâmica de silenciar e falar. 

Demora naquilo que você precisa dizer. Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo. É mais fácil a gente se arrepender de uma palavra dita, do que de um silêncio. Palavra errada na hora errada pode se transformar em ferida naquele que ouviu, também naquele que disse”. 


É muito pertinente o excerto acima, não é só nas palavras que nos apressamos, mas também temos pressa em dizer como vemos as pessoas. Isso se deve, pela forma apressada com que olhamos para elas e na pressa também as julgamos e as condenamos antecipadamente, pensndo que sabemos tudo sobre essas pessoas. Só pensamos que sabemos, pois ninguém é o que se pensa, as pessoas são o que são e pronto!  tudo que falamos ou pensamos sobre elas não as são em sua essência. Com relação a isso sempre fui muito resolvida. Nunca me preocupei muito com o que as pessoas pensam sobre mim, importa o que eu sou de fato, e quem eu sou de fato só eu posso dizer e mais ninguém.

Tenho levado para minha existência o silenciar como amigo conselheiro, se duas situações se apresentam a mim, analiso e tento entender o por quê que tudo ter começado. Não tenho que escolher um lado, tenho que estender a ponte. A ponte que possa ligar ambos os lados, ninguém vive de apenas de um dos lados, veja o exemplo da ponte, eu só posso vislumbra o que há do outro lado se eu atravessa e uma vez feita a travessia, posso então, contemplar o todo e mesmo que emita um juízo de valor não será para escolher de que lado devo estar, mas qual a melhor maneira de aproveitar o qeu ambas têm de melhor para me oferecer.


Às vezes nos perdemos de nós mesmos para que depois possamos nos reencontrar, no reencontro sempre nasce a descoberta e eu descobrir, nesta minha busca por mim mesma, que eu preciso cada vez mais DE MIM! Pois só de posse de quem eu sou, eu possa ver o outro como ele realmente é. Isso pode ser, aos seus olhos, uma visão egoísta de mim mesmo, mas tudo bem, estou precisando ser um pouco egoísta, já que vivi muito tempo em função do outro. O grande filósofo Sócrates disse, que o homem tem que conhecer-se a si mesmo, pois só assim ele alcançaria o conhecimento e dominaria suas paixões. Eu sou muito socrática, acredito piamente que o conhecimento é libertador em todos os sentidos e o que aos seus olhos possa ser uma visão egoísta, digo: Que é uma visão libertadora de quem sou pois, estou a procura de mim! Porque sinto falta de mim! Me descuidei e cuidei de outros enquanto esquecia de cuidar de mim... Então se alguém, por acaso me encontrar por aí me devolva a mim!.

E como não fechar este meu retorno ao meu blog, com ele que permeia todas minha ideias e que de Alguma forma sempre me devolve a mim mesma. Padre Fábio de Melo:

VIR A SER
 
Eu procuro por mim.

Eu procuro por tudo o que é meu e que em mim se esconde.

Eu procuro por um saber que ainda não sei, mas que de alguma forma já sabe em mim.

Eu sou assim...

processo constante de vir a ser.

O que sou e ainda serei são verbos que se conjugam sob áurea de um mistério fascinante.

Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.

Movimento que não termina porque terminar é o mesmo que deixar de ser.

Eu sou o que sou na medida em que me permito ser.

E quando não sou é porque o ser eu não soube escolher. (pe. Fábio de Melo)



Eu sou o que penso e não o que penso que sou.


Solares