A capacidade de amar intensamente é privilégio de poucos! Solares

"Eu tenho a alegria de dizer, nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que eu consigo amar sem interesses, cada vez que eu posso me doar para alguém é o meu coração que ganha em qualidade e humanidade!"
Pe. Fábio de Melo

quinta-feira, abril 29, 2010

Não nascemos prontos!

“Gente não nasce pronto e vai se gastando; Gente nasce não-pronto e vai se fazendo.” (Mário Sérgio Cortella – Filósofo e Educador).

Concordo com o brilhante pensamento do meu colega filósofo. O processo de feitura do ser humano passa pelo cuidado artesanal, bastante demorado. Fabricar gente dá trabalha, já diz meu sábio mestre pe. Fábio de Melo. Dois grandes filósofos com pensamentos que se convergem.

Às vezes penso que seria mais fácil se já fossemos prontos, evitaríamos muitos desgastes e aborrecimento. Não nos magoaríamos, pois compreenderíamos e perdoaríamos o outro, não cometeríamos erros, não sentiríamos dor, raiva e etc. Mas aí...se nascêssemos prontos estaríamos privando o ser humano de tudo que lhe é próprio. Abri mão do que nos é confortável e resistir a este estado, é o propósito da nossa existência. Nascemos para trilhar o caminho que nos levará à feitura do ser enquanto humano, quebrando as amarras dos conceito estabelecidos, formatados e prontos para nos ser entregues. No processo de feitura humana somos impulsionados a criar, inventar, refazer, modificar e aperfeiçoar.

Não é fácil se fazer gente, o desafios são muitos e superá-los implica em mudanças que no primeiro momento podem assustá-los, mas é assim mesmo, é só desse jeito que a feitura se completará, as decepções acontecerão diversas vezes no nosso caminho, e se você não souber canalizá-las para algo de bom, talvez o seu processo de feitura possa estar comprometido.

O que posso relatar sobre meu processo de feitura é que ele ainda está distante de fechar seu ciclo, que é o grande desafio humano... aquele de resistir a tentação da comodidade. Com relação a este não tenho grandes problemas consigo resistir; quanto as iniciativas, criatividades, garra para trabalhar e defender meus amigos e família, não ter medo de manifestar minha opinião, ser objetiva; No quisto mudanças, tolerar, paciência e impulsividade, estou exercitando, mas, no que diz respeito à mudança na forma de ser, isso jamais! Eu sou eu, e não, eu vista pelos outros, se for necessário aparar as arresta farei, mas mudar quem sou para agradar a outrem, não. No que diz respeito a se refazer, eu consigo com um pouco de dificuldade, mais consigo. Ter uma grande decepção de uma pessoa que eu tinha como amiga e admiração, no primeiro momento me abala, me magoa, mas depois me refaço, e acredite eu perdoo a pessoa, claro que tem uma condição para isso, essa pessoa que tinha a minha amizade e admiração não as terá mais, ela será uma pessoa como outra qualquer só que agora eu a estou vendo do jeito que ela verdadeiramente é. As pessoas falam que é muito difícil perdoar alguém, eu também pensava assim e duvidava das pessoas que diziam ter perdoado uma pessoa, de uma hora para outra, que lhe tenha feito muito mal. Mas, um dia assistindo a palestra de pe. Fábio de Melo, ele leu um e-mail de uma internauta que perguntou a ele como conciliar a magoa com o perdão. E como sempre a fala dele foi perfeita, ele nos contou uma historinha do quadro torto comparando-o com a necessidade do perdão e finalizou dizendo, que quem nega o perdão é burro, pois os únicos prejudicados somos nós mesmos, que nunca mais teremos paz, que bombardearemos o nosso corpo com sentimentos ruins que no futuro nos trarão uma doença grave tipo CÂNCER. Depois da história do quadro e a conclusão do pe. Fábio, o perdão nunca mais foi uma coisa difícil para mim, pois estarei pensando no meu bem estar quando o fizer.

Mais uma vez procuro nos livros, numa boa leitura ajuda para ultrapassar os meus desafios humanos. Essa semana eu trilhei pelos caminhos dos meus desafios humanos, resistir a tentação de jogar tudo para o alto e sumir, me entregando a comodidade. As decepções vieram de todos os lados e como sempre das pessoas que a gente menos espera, fiquei chocada, triste, magoada, com raiva, zangada, tudo que é de direito um ser humano sentir. Mas depois o quadro torto surgiu na minha mente e eu me refiz, perdoei mas, com aquela condição de que a pessoa não estaria mais no altar sagrado do meu coração, eu a devolvi para a multidão, lugar comum, de onde um dia a avistei e pensei ser possível tornar-me sua amiga. Conclusão: a decepção, ela é benéfica, pois é o único momento que você pode ver a pessoa como realmente ela é. Tenho uma amiga que diz que eu me decepciono muito com as pessoas porque espero muito delas e crio expectativas sobre elas, pode ser. Mas penso que no dia em que eu não me decepcionar mais com alguém então, não haverá esperança no processo de feitura da raça humana, pois é na decepção da pessoa, que naquele momento pensamos gostar, que estaremos cumprindo nosso desafio humano de resistir ao estado confortável daquele que pensa nos aprisionar, e quando você desperta para isso, quer seja por decepção, quer seja por traição... não importa, você não mais aceitará o que o outro apenas pensa que é o que você merece.

Uma coisa boa aconteceu nessa semana dolorosa para mim, a filha da minha amiga e colega de trabalho Ana Paula, que fazia uma semana internada na UTI em estado grave, entubada e sedada, hoje teve uma melhora satisfatória, ela continua na UTI, mas não está mais entubada. A notícia me deixou muito feliz, foi uma semana de oração e tentando elevar a moral da minha amiga e por fim uma coisa boa veio para varrer todo pó dos sentimentos ruins para bem longe. Parabéns para você minha amiga Ana Paula, que resistiu ao seu desafio humano sem deixar de lutar e nem perder a esperança, você é uma VITORIOSA, tudo que eu passei não se compara em nada a sua dor , mas você se manteve firme e mostrou que seu processo de feitura está bem aprimorado. Te amo!
Que os anjos protejam a nossa ANA CLARA e que ela logo esteja em casa

TER ESPERANÇA NÃO SIGNIFICA ESPERAR
(Mário Sérgio Cortella)

Solares
em processo de superação!

segunda-feira, abril 19, 2010

As pontes do sofrimento

Todos nós sabemos que o sofrimento é inevitável já que ele é fruto do processo de amadurecimento para nos tornarmos verdadeiramente humanos. O sofrimento atinge à todos indistintamente, quer sejamos bons, quer sejamos maus, ninguém está imune a ele, portanto pare de se perguntar por que isso aconteceu com você que só faz o bem? Isso não é condição de imunidade, o que verdadeiramente importa é a forma como você lida com a dor e a importância que damos ao sofrimento. Então o que fazer quando a dor nos visitar?. Sinceramente eu não sei, se soubesse não estaria sofrendo o tanto que estou, só sei que não existe receita pronta, mas há um conselho de um sábio Padre que diz: “Quando a dor resolver nos visitar deixe que ela entre.” Essas palavras sábias, neste momento, me parecem bastante oportunas e atingiu em cheio o mal estar dentro de mim.

Partindo da inevitabilidade do sofrimento, e ao abrirmos a porta para que ele entre, este grande sábio, que é pe. Fábio, nos convida a olhá-lo de uma outra forma. Observe o seu sofrimento e pense, se faz necessário mesmo você sofrer?, caso sua resposta seja sim, busque então, transformar sua dor em arte. Transforme-a em uma música ou melhor escreva sobre o que você está sentindo, talvez isso o faça superar. Penso ser as duas alternativas interessante, com a música choramos e nos aliviamos, e com a escrita fixamos o pensamento, os sentimentos e podemos refletir acerca daquele momento, o que estou sentindo faz sentido?. Nada de reclamações, nada de se vitimar, tenhamos coragem de ao invés de perguntar a Deus por que sofro? Mudemos a frase e diga: Deus ensina-me a sofrer e aprender com que sofro, isso é muito mais justo.

Resolvi me mergulhar nessa aventura de ser gente e tentar exercitar o conselho que pe. Fábio nos dá: Eu preciso sofrer com dignidade sem perder a minha integridade e enfim compreender, que os sofrimentos são como pontes, travessias, se não nos arriscar a fazer a passagem nunca saberemos de verdade se ela foi superada e aprendida. Quando estivermos do outro lado da ponte, cientes e fortalecidos de tê-las superado, aí sim teremos aprendido o verdadeiro sentido do sofrimento e seremos capazes de identificar, daqui para frente, o grande desafio de saber qual sofrimento vale apena ser sofrido.

Obrigada Padre Fábio mais uma vez, estou me arriscando fazer a travessia, mas não sei se conseguirei superar!

Tenhamos coragem para fazer a travessia !

Fiquem com uma letra da música de pe. Fábio que é lindíssima.

Sim À Vida

Pe. Fábio de Melo

Copo vazio nas mãos quando a água faltar
Águas que invadem a terra buscando um lugar
Verde que o fogo avermelha tornando cinza o chão
Guarás, flores, suçuaranas, a vida em extinção

Vozes vão interpretar uma nova canção
Canção que derrame na terra sementes de paz
Que seja capaz de alterar e mudar a direção
Dos ventos que trazem a sombra
Que assusta e ofusca a criação

Pra dizer sim à vida
Nós juntamos nosso canto
Convidamos outros tantos
Pra que a voz a este clamor possam emprestar

Pra dizer sim à vida
Não importa quem sejamos
Só importa o que buscamos
A herança que aos filhos vai ficar

Pra dizer sim à vida
Pra fazer tudo de novo
Pois a dor que dói no mundo
Já não pode esperar

Pra dizer sim à vida
Sim ao novo que virá
O motivo que nos move
E faz a voz não se cansar

Pra dizer sim à vida
Nós cruzamos as fronteiras
Nos tornamos iguais
Pra dizer sim à vida

Diga sim à vida!

Bjs

amo vocês!

Solares


terça-feira, abril 13, 2010

Arvoreando: A Arte de ser encontrado por alguém

Dizem que a melhor forma de se apagar a traição e a decepção cometida por alguém próximo, muito próximo a você, é ARVOREANDO. Mas o que vem a ser ARVOREAR?, é a capacidade que alguém tem de enxergar uma pessoa em cima de uma árvore, e descobrir nela um amigo(pe. Fábio de Melo). É retirar essa pessoa do altar profano da vida e elegê-la especial no altar sagrado do seu coração. É assim que fazemos com a amizade, arvoreamos, tornamos forte sua raiz e geramos os frutos do amor para aqueles que queiram se juntar a nós.

Hoje estou em cima da árvore, triste e desprevenida e gostaria muito que alguém me enxergasse e me elegesse seu amigo. Não como um amigo quando lhe conviesse, mas como alguém importante em sua vida. Durante toda minha vida elegi e me doei as pessoas que amei demais, sempre busquei arvorear com elas levando em conta minhas precariedades e as delas também, tentei tornar o pior de mim e o delas em algo bonito, esse é o fruto da árvore : O AMOR, pois por pior que sejamos o amor é capaz de nos fazer apaixonar pela precariedade do outro. Mas não foi bem assim que aconteceu comigo os meus próximos... muito próximos... nunca se apaixonaram pela minha precariedade, eu nunca fui eleita por eles a nada, pelo menos é assim que me sinto agora depois dos últimos acontecimentos que me abateram, eu sempre fui aquela que convinha a todos, é muito triste perceber isso junto aos seus, mas por mais cruel que seja a verdade ela tem que ser encarrada de frente.

Mas sabe qual a melhor parte dessa história de traição e decepção? Apesar de tudo isso eu sou uma pessoa privilegiada e abençoada. Para os meus eu posso não ser importante, mas para os meus amigos que arvoream comigo, eu sou! São amigos que ao longos do tempo foram elegendo cada um de nós para formar a grande e sólida ÁRVORE DAS NOSSAS RELAÇÔES DE AMIZADE, no coração de cada um de nós somos sagrados e amamos a precariedade de todos porque aos nossos olhos ela é bonita.

A tempestade que me abateu tem me impedido de arvorear com vocês, dói tanto que não consigo chorar, mas quando ela se torna insuportável lembro-me de vocês e penso que se eu me esforçar mais e me recompor novamente terei forças para superar com a ajuda de vocês, pois não há nada que goste mais do que ARVOREAR COM VOCÊS, de ser encontrada e descoberta como amiga por você.

Não quero que vocês encarem este relato como de uma pessoa depressiva, de jeito algum!. Ele é apenas um desabafo triste e decepcionado provocado por aqueles que um dia pensei senti o mesmo por mim, mas ninguém gosta igual... eu concordo. Mas consideração e gratidão para mim é comum a todos.

Por fim, é muito bom ter amigos como vocês, espero arvorear anos e anos com vocês, Obrigada! Quero dedicar este relato triste , decepcionante e talvez alegre com os meus ARVOREADORES:

Shirlene – Minha amiga de infância, Juventude e Velhice arvoreamos muito juntas . A nossa árvore algumas vezes ameaçou cair, mas a raiz era muito forte e o fruto, do amor incondicional sobreviveu.

Rita – Uma amiga que é capaz de ver a beleza em tudo que é precário. Continue regando a raiz e Arvoreando com nosco.

Rosana – A amiga grude, 24 horas por dia ela manda torpedo dizendo que me ama e que sou sua melhora amiga. Obrigada por me fazer importante para você! Você ainda precisa saber o sentido de Arvorear.

Lúcia Soledade – Uma amiga Idosa e sábia, minha Coordenadora no CPM/Ribeira, que não cansa de dizer o quanto eu sou importante para ela, me liga às vezes só para dizer que está com saudade. Isso me deixa feliz! Ela cuida de mim que nem uma mãe. Ela é a árvore que nos sustenta.

Nilda – Outra amiga mãe, me paparica o tempo todo e estimula meu fruto (amor). Obrigada pelo carinho!

Ana Paula – A amiga que me pegou desprevenida e me elegeu do alto da árvore como sua amiga, mesmo sabendo da minha precariedade se aproximou de mim, ganhou minha confiança e é uma das minhas melhores amigas, diariamente temos arvoreado. Obrigada por tudo Deus te proteja!

Débora – A amiga surpresa, nunca dizia nada, mas foi decisiva quando minha mãe esteve internada e quando eu não pude honrar com meus compromissos trabalhista. Ela também me encontrou quando eu estava perdida, me elegeu como amiga e o nosso arvorear tem dado excelentes resultados. Valeu por tudo Deb, seja feliz!

Mota – Apesar de eu não ser da coligação da suas amizades, eu aprendi a respeitá-lo somente porque, apesar de não arvorear comigo, ele arvoreou com Ana Paula e Débora, ele tem sido um amigo leal para elas.

Batista – Um amigo de fé e irmão camarada se depender dele a nossa árvore vai ser a mais grandiosa e sustentável de todas.
Viviane - Começamos a arvorear agora e tem sido uma experiência maravilhosa. Beijos!

E finalmente, àquele amigão, TC Fiuza, O amigo que teve a capacidade de identificar o que eu tinha de pior e transformou em meu melhor e mesmo sabendo o quão difícil seria lidar comigo ele não desistiu de mim. Tem sido uns dos melhores arvoreador da nossa árvore e se preocupa com cada fruto que geramos. VAleu mesmo!
Vocês são a razão pela qual me sinto estimulada a virar essa página dolorosa, e continuar ARVOREANDO, pois em algum lugar existe alguém desprevinido necessitando ser olhado e eleito como nosso amigo.
"Ô minha gente! Não há nada mais bonito do que você ser achado quando está perdido. Não há mais bonito que você ser encontrado no momento em que você não sabe para onde ir, nem onde está. O amor humano tem a capacidade de ser o amor de Deus na nossa vida por causa disso. Porque ele nos elege. Por isso é bom ter amigos. Porque na verdade as pessoas amigas, elas antecipam no tempo aquilo que nós acreditamos ser eterno. Quando elas são capazes de olhar para nós e descobrir o que temos de bonito, mas que às vezes costuma ficar escondido por trás daquilo que é precário. Por isso é que eu agradeço muito a Deus
pelos amigos que tenho. Pelas pessoas que descobriram o que eu tenho de pior em uma coisa que tenho de bom e mesmo assim continuam do meu lado. Me ajudando a ser gente, me ajudando a ser mais de Deus. Ajudando a buscar dentro de mim a essência boa que a gente acredita que Deus esqueceu em cada um de nós. Ter amigos, como dizia meu amigo Maninho, é ARVOREAR. Lançar galhos, lançar raizes, para que o outro, quando olhe a árvore, saiba que estamos ali, que nós permanecemos para fazer sombra; para trazer ao outro o pouco do aconchego que às vezes ele precisa na vida. Arvorei, crie árvores, seja amigo!" (pe. Fábio de Melo)

Bjs a todos
Solares

segunda-feira, abril 05, 2010

A NOTA: O que você faria?

Desde pequena ouço falar que a Semana Santa é uma época para se fazer uma reflexão profunda acerca do sacrifício de Jesus Cristo pela humanidade. Tenho tentado a cada ano da Semana Santa fazer tal reflexão, tenho buscado sanar minhas inquietações acerca do grande gesto de Jesus Cristo para com toda humanidade. Confesso que essa reflexão ainda é ínfima em comparação ao significado do sacrifício do filho de Deus.

Nos dias de hoje, onde a Semana Santa para alguns, se limita aos festejos do “nada”, já que a ênfase está na comemoração do profano ao invés do sagrado, reflexão é algo que definitivamente na passa pela cabeça de nós simples mortais. É mais uma comemoração para troca de presentes, no caso, ovos de Páscoa, e o comércio agradece!

Os ensinamentos e o significado do grande gesto do Cristo, parecem que se perderam ao longo desses 2000 (dois mil) anos e apenas registramos em nossas mentes limitadas, a Semana Santa como um feriadão onde se é permitido beber bebidas alcoólicas e se fartar de comida, ambos considerados pecados diante dos ensinamentos do Cristo. Contraditório não?

Bem, enquanto a reflexão profunda não chega, vou me contentando com a minha ínfima meditação dos ensinamentos de Jesus , a qual minha limitada interpretação pode alcançar e que neste momento gostaria de partilhar com todos vocês que vistam meu BLOG.

Foi no domingo de Páscoa que a minha reflexão subiu mais um degrau. Um filme que passou na TV fechada às 7h(manhã) e que a priori não havia despertado em mim grande interesse de assisti-lo, mas mesmo de posse desse pensamento preconceituoso me propus a vê-lo e para minha surpresa, deparei-me com uma grande lição de vida, um verdadeiro ensinamento que promoveu à minha reflexão um passo a mais na direção da aprendizagem. O nome do filme é: A Nota. Não é um filme muito conhecido, pelo menos por mim que sou cinéfila, e nem tampouco seus artistas. Há muito tempo não assistia a um filme que me fizesse tão bem! O filme conta a história de Peyton MacGruder, colunista de um jornal, que não vem desempenhando bem sua função e é advertida pela sua chefe para escrever algo que despertasse a atenção dos leitores, caso contrário ela seria demitida. Neste exato momento ambas são avisada sobre uma acidente de avião que explodiu e caiu no mar, sem sobreviventes.

A jornalista é acometida por um sentimento de tristeza, pois o acidente acontece uns dias antes do natal, sem falar que a referida jornalista, há uns quatorze anos atrás passou por uma grande perda: Num acidente de carro seu marido veio a falecer, ela estava grávida e com a notícia da morte dele entrou em depressão e tentou suicídio. Felizmente ela e o bebê sobreviveram, mas por estar abalada emocionalmente julgou não ser capaz de criar a criança, então a deu para adoção (claro que a gente só sabe disso já nos 45 minutos do segundo tempo e essa é uma das surpresas do filme). Após o acidente do avião, a colunista vai até o local do acontecido e lá encontra, em um saco lacrado, uma nota escrita por um dos passageiros falecidos, e na tentativa de fazer chegar esta nota ao seu destinatário, ela escreve em sua coluna sobre o seu achado sem nunca revelar o seu conteúdo. A história desperta a atenção de inúmeros leitores, como queria a sua chefe, mas agora para a colunista, a busca era mais do que a conquista de leitores atraídos por uma grande e comovente história, era a necessidade de realizar o último desejo daquele que em 15 minutos, antes de saber que iria morrer, dizer suas últimas palavras ao seu filho ou filha. Detalhe... a nota está endereçada a uma certa pessoa chamada de “T”, que presume ser, a colunista, a inicial do nome do filho(a) daquela vitima.

Então ela parte em busca da pessoa “T”, através da lista de passageiros do voo para chegar ao destinatário. O que a colunista encontra são varias histórias de diferentes pessoas que ao tomarem conhecimento do conteúdo da nota são acometidos por sentimentos semelhantes que os fazem refletir sobre suas condutas até aquele momento. Todos que estão envolvidos diretamente ou indiretamente com as vitimas do acidente são afetados pela nota, inclusive a própria colunista que se surpreenderá com as revelações que o conteúdo da nota lhe trará.

No vou contar o desenrolar da história, pois é o final que irá te surpreender e se eu contar deixa de ser surpreendente.

Portanto, assista ao filme o quanto antes, vale apena a lição de vida e a reflexão que você será levado a fazer. Não sei se ele tem em locadora, mas se não tiver baixe na internet, mas não deixe de assisti-lo!


“Para quem você escreveria se você soubesse que iria morrer em 15 minutos?”, “Será que daria tempo de pensar em alguém em especial?”, “E se desse tempo, para quem você gostaria de dizer suas últimas palavras?” e “O que você escreveria?”


Eu já tenho as minhas respostas e você já tem a sua?

Solares

Dados do Filme
Filme: NOTA, A
(The Note)

Gênero: Drama
Formato: Filmes
Categoría: Studio Original
Ano: 2007
Tempo: 90 min

Após um acidente de avião, Peyton MacGruder, colunista de um jornal, encontra uma nota escrita por um dos passageiros falecidos. O filme mostra que a vida pode mudar drasticamente em um segundo e por isso é preciso estar em contato com as pessoas que amamos. Se tivéssemos tido a oportunidade de dizer um último adeus, de se reconciliar, de dizer “te amo” ou compartilhar o arrependimento…