Este tempo todo em que estive afastada do meu BLOG, mergulhei na aventura de ser gente ou melhor me aventurei no grande desafio de deixar de ser individuo para SER PESSOA e para isso tive a ajuda de um livro maravilhoso escrito pelo Padre Fábio de Melo chamado “Quem me roubou de mim? O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa. Um livro que não traz nenhum novidade mas, que quando narrado pelo competentissimo padre tem o dom de nos reportar a nós mesmos, cada história contada se parece com a nossa ou com a de alguém que conhecemos, por esse motivo este livro virou uma espécie de “corrente do bem” cada pessoa que o lê dá de presente a uma outra, tamnho efeito que ele tem em nossas vidas.
Durante este tempo o mundo não mudou pelo contrário a violência virou o alimento mais indigesto de todo ser humano, não há um só dia que a violência não seja o assunto principal e ficamos a nos perguntar quem irá nos proteger? O que tudo isso nos leva a crer é que o mal impera na terra e que o bem não existe, que sempre foi uma ilusão. Mas eu acredito no bem que vem sendo feito, o problema é que demoramos o nosso olhar no que de mal está acontecendo e não ampliamos esses mesmos olhos naquilo que podemos mudar. Tenho visto muita coisa boa acontecendo e isso restaura minhas esperanças de que tudo um dia vai melhorar é só deixarmos de ocupar o nosso tempo com coisas maléficas e procurarmos prender nosso tempo em acontecimentos benéficos.
O processo de ser pessoa é difícil, doloroso mas recompensador, consiste em você abrir mão daquele que você deixou que fizessem de você, abdicar das máscaras e aceitar você como você é. Parar de querer agradar as pessoas sendo quem não é. No livro o Padre Fábio diz que o processo de ser pessoa consiste em dois pilares: o dispor de si e dispor-se para o outro, somente de posse de si mesmo poderemos nos doar para o outro dentro dos nossos limites.Tomar posse de si mesmo significa dizer que você está no controle e sabe até onde pode ir, sabe o que dizer e não dizer, sem ter que magoar as pessoas. Quem não se conhece o suficiente corre o risco de ser sequestrado por um outro alguém e dele ser refém, por uma vida inteira.
Há muito tempo deixei de agradar as pessoas a minha volta, evitava emitir minha opinião para não desagradar o outro, evitava expressar de verdade o meu pensamento para que os meus não se decepcionasse comigo e sabe o que me fez parar de me comportar asssim? É que apesar de fazer tudo para não decepcioná-los eu nunca os agradava e vivia infeliz por não poder mostrar quem realmente eu era. O livro legitimou a aceitação de quem realmente eu sou, há muito tempo sofro por ser eu mesmo, mas está valendo apena, algumas pessoas se assustam comigo, mas não as culpo naquela época eu era quem elas queriam que eu fosse e quando descobriram que eu não era se decepcionaram. Outras pessoas se afastarm de mim por não aceitar quem sou agora, o pior de todos foi a minha família que teve que conviver com uma pessoa com pensamentos totalmente contrários ao dela, tenho uma relação bastante conflituosa com a minha mãe, pois todos os planos que ela traço para mim, nenhum eu tomei como objetivo de vida, eu mesma traçei o meu, mas apesar de tudo isso, por não ser a pessoa que a minha família queria que eu fosse ela me respeita e da forma dela me ama. Quanto aos meus amigos eles não só me acietaram como me amam, principalmente pelos meus defeitos, eles soberam tirar dessa minha nova conquista o melhor de mim: a minha disposição para ser para eles a amiga verdadeira que tanto queriam e com quem podem sempre contar (se cometerem besteira vão ouvir!), afinal amigo que é amigo desperta o melhor em você.
Por isso, não desista de quem você é nunca, não seja refém dos outros, não se deixe aprisionar em cativeiros de amores doentios, tome posse de quem você é só assim você não correrá o risco de ser sequestrado.
“Há pessoas que nos roubam...”
“Há pessoas que nos devolvem...”
Padre Fábio de Melo
Escolham pessoas que te devolvam sempre!
Sol
