A capacidade de amar intensamente é privilégio de poucos! Solares

"Eu tenho a alegria de dizer, nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que eu consigo amar sem interesses, cada vez que eu posso me doar para alguém é o meu coração que ganha em qualidade e humanidade!"
Pe. Fábio de Melo

sábado, novembro 24, 2012

Amanhecer parte 2 - Final épico que viverá para sempre!



 Alguém um dia disse que para escrever bem é preciso escrever sobre o se sabe: Isso é o que sei! O filme Crepúsculo Amanhecer parte 2 foi o melhor e mais emocionante da Saga.

Posso afirmar que a obra da escritora Stephnie Meyers trasnformada em película durante esses 05 (cinco) anos foi realmente a maior jornada, onde a aventura e a fantasia ganharam dimensões inimaginavéis. Evoluindo de um simples filme romântico adolescente para um filme que vale à pena ser visto. A típica história de amor entre uma humana e um imortal (vampiro) recebe neste final épico, uma dose magistral de ação, de comédia e de romance, ingredientes essenciais para os clássicos hollywoodianos. Fechando com chave de ouro e deixando para traz a ideia de apenas mais uma trama água com açúcar.

A história atual retomou o que evidenciei anteriormente em meu texto: A filosofia por trás do Amanhecer parte 1. A grande questão ética e moral do acordo de convivência entre os clãs inimigos naturais, o amor em sua melhor e maior forma, a amizade entre os humanos e entre os clãs levando-os a pensar na possibilidade que mesmo os inimigos podem se respeitar foram intensificados, nesta última projeção cinematográfica, vimos lobos e vampiros numa busca incessante em estabelecer uma nova lei que evitasse um embate entre eles, já que a lei anterior foi ameaçada pela gestação de Bella. A dúvida sobre a concepção da criatura levou a matilha a querer exterminá-la por acreditarem que ela oferecia perigo aos humanos, bem como aos seus integrantes. Mas, o imprinting do lobo Jacob pela recém-nascida, vampira – humana, Reneesme não só edifica a nova lei, como também a consolida. A pessoa alvo do imprinting de um lobo não pode ser tocada (lei absoluta deles). Agora, lobos e vampiros unem-se numa única crença, as diferenças naturais e de pensamentos ainda existem, porém vão sendo superadas e respeitadas a cada momento de convívio.

A proposta de união entre eles traz a perspectiva de uma relação mais próxima e íntima. Uma raça bem parecida com – A Raça Humana – mas bem diferente do que propõe a primeira por não admitir tal possibilidade. Para tanto, seria preciso que o respeito fosse à base imprescindível das nossas relações. Carecemos do entendimento de que é as diferenças nos tornam iguais. E de que neste novo modo de pensar não há mais espaços para as divisões, seja ela de brancos, de negros, de ricos, de pobres etc. Sabemos que somos diferentes, mesmo assim, queremos impor nosso modo de ser, de pensar e de agir aos integrantes da nossa espécie. É hora de reformular o nosso pensar. A solução está em nossas mãos por incrível que pareça. E se nos propusermos a isso então, a busca por uma sábia e extraordinária existência em sociedade, certamente chegará ao fim, como nos mostrou os personagens da fictícia trama. Para nós, meros mortais, não há nada de irreal nesta proposta. Somos capazes de firmar acordos e respeitá-los também. Você duvida que isso é possível? A narrativa literária nos conduziu por caminhos de possibilidades, do inimaginável, e o que seria da nossa humanidade sem as possibilidades? O clã dos vampiros não desfrutava delas, pois se mantinha estagnado no tempo por conta da imortalidade. Mas, foi com eles que tivemos o maior aprendizado. Preservaram em si o resto de humanidade que ainda possuíam. E apesar de passar pela vida sem se modificar fisicamente, a possibilidade de alteração esteve presente no aprimoramento do nível da consciência. Ninguém soube respeitar melhor a humanidade da personagem Bella e a falta de maturidade de Jacob como os vampiros da Família Cullen (Edward, Carlise, Roseli, Esme, Emmet, Jasper e Alice).

Com os lobos, aprendemos a exercitar nossa humildade. E não foram poucos os momentos que vimos Jacob ceder aos vampiros, embora não reconhecesse isso de forma consciente. Porém, na segunda parte da história, ele passa a ter esta noção quando se apaixona pela filha de Bella e Edward, percebendo que não há mais pelo que lutar, pois o amor venceu. Novamente, o rito de passagem da fase adolesceste para a fase adulta vem à tona. E quem não passou por ele? Crescemos com Jacob ainda que ele relutasse. Crescemos com Edward na sua forma “chata” de ser maduro o tempo todo (meio démodé) e crescemos e nos identificamos com as indecisões e dúvidas irritantes da humana Bella e muitas vezes a odiamos por isso, mas enfim, as escolhas fazem parte de nossas vidas. Precisamos escolher bem. Fazer opções com as quais possamos conviver. Até aqui, penso que eles souberam fazê-las adequadamente e conviveram da melhor forma possível com elas. Errando... acertando... escolheram! E nós. o que estamos fazendo com nossas escolhas? Estamos convivendo bem com elas?

O impressionante e emocionante de chegar ao desfecho do drama lendário, é perceber que os princípios e valores tratados por ela em momento algum, foram quebrados. Nem mesmo quando Bella decidiu ser vampira, nem mesmo quando ela foi transformada, nem mesmo quando ambos os clãs tiveram que se unir novamente para defender a integridade, desta vez da vampira-humana Reneesme das investidas dos Volturi (Clã mais antigo líder da sociedade dos vampiros) que acreditam que a criança foi transformada e não nascida (fato este, quando praticado incorre na infração de uma lei máxima deles, a de nunca transformar uma criança em imortal). Enfim! Com as leis preservadas não havia razão para uma luta, muito embora essa nunca fosse à intenção deles, mas se o combate fosse iminente, que ele de fato acontecesse pelo cometimento de um crime (quer seja pela quebra de uma lei, quer seja por transformar uma criança em imortal, ou seja por lobos e vampiros se aliarem...), porém nunca por um motivo fútil, proposital ou mesmo para satisfazer o ego doentio, vaidade de um determinado clã em sobrepor a outro, ainda que por motivos torpes. Este foi o ponto alto da Saga Amanhecer parte 2, que fará dela o final épico que viverá para sempre!

Fazia tempo que não me emocionava e não via uma platéia tão emocionada quanto a que vi no dia da sua pré-estréia. Estávamos de alma lavada. Estávamos completos e inteiros. Embora nossa sessão fosse às 00h01min do dia 14 para o dia 15 de novembro, não estávamos com sono, e sim, atentos a cada cena. Choramos, vibramos, e nos entristecemos por saber que seria o fim da franquia. Mas apesar do sentimento de orfandade, fica a certeza de que, até aquele momento, tudo valeu à pena. A Mitologia Crepúsculo marcou a minha vida não só pela boa narrativa explorada a cada sessão fílmica, mas também por me proporcionar bons momentos ao lado dos meus sobrinhos que junto comigo embarcaram nesta jornada e me ajudaram a construir este pensamento, interagindo, trocando idéias e aclarando as que ainda não estavam evidentes quando surgiu a proposta de escrevê-las. Obrigada Rafa, Bea, Bia, Jéssica e Lipe, por ter viajado comigo nesta odisséia cheia de aventuras e histórias extraordinárias, cada filme ficou muito melhor e mais estimulante quando juntos estávamos. Vocês estarão para sempre na minha vida. Deus sabe o quanto eu os amo. Saibam que, dentro de cada palavra aqui relatada, existe um pouco de vocês. Esse texto não aconteceria sem esses momentos marcantes. Valeu!

É impossível descrever o sentimento que me toma ao final da trajetória percorrida na segunda parte do filme Amanhecer, pois nela reafirmei todos os princípios e valores edificados por minha mãe a mim nesta minha existência. Eles não saem de moda. São como passaporte para a jornada de cada um de nós aqui na terra. As nossas escolhas favorecem a passagem das etapas da vida. Se bem escolhidas, recebemos o visto que possibilitará novos conhecimentos, crescimentos e aprimoramento ao Ser Humano.

Tecer comentários sobre a produção cinematográfica, penso que não se faz necessário neste momento, já que em meu primeiro texto discursei sobre eles. Retomá-los seria enfadonho. Sem falar que o livro (obra original) não se divide em duas partes que se completam, mas sim em partes que se fecham como um ciclo e apesar de distintos, o enredo e conteúdo são os mesmos fidelizados pelo cinema. Contudo, não posso deixar de destacar alguns momentos considerados por mim, como cruciais: 1º ) A adaptação de Bella a sua nova existência como vampira; 2º) A mega produção da quase luta entre os Volturi e os defensores da pequena Reneesme e 3º) Retorno da música ”A thousand years” que contém em suas letras todo o sentimento de Edward na esperança de encontrar sua amada. A letra sofreu uma pequena modificação em algumas de suas estrofes para poder relatar, desta vez, a satisfação e alegria do vampiro em ter a sua amada “FOREVER” – Para sempre! Além da participação especial de Steve Kazee, o que é justificável já que a música traz uma perspectiva masculina ao narrar a história de amor de Edward por Bella.

  



A música A thousand years - Amanhecer parte 1- Versão original - Tradução -Chistina Perri







A música A thousand years - Amanhecer parte 2 - Versão original - Tradução - Christina Perri e Feat Steve Kazee.

 


Curtam as duas versões!



 Estas foram as minhas considerações finais sobre A Saga.

Bom, isso é tudo que acredito saber! Se para escrever bem é necessário ter propriedade sobre o assunto, então, talvez eu deixe a desejar em alguns aspectos, já que ninguém pode falar de tudo com total conhecimento de causa. O que me faz lembrar aos que irão ler esse texto, que tudo que expus percorreu o tema central da história principal, mas as conjecturações constantes nos dois textos nasceram do pensamento original desta que vos escreve, eu! E que em nenhum momento busquei a absolutez desta verdade que é minha. Desejo sim, que vocês possam encontrar nas entrelinhas da minha tese pontos comuns a nossa condição humana e que por fim, se reconheçam nelas como seres que estão em constante processo de feitura. Precários, porém sedentos de possibilidades que melhorem o nosso modo de ser e conviver com os diferentes da nossa grande RAÇA chamada de HUMANA. 
 

Por fim, deixarei o julgamento para os que, por alguma razão, resolvam se aventurar nesta escrita. Espero que ao fazê-la, encontre na Saga Crepúsculo um sentido, senão na sua vida, que seja na sua forma de pensar. Ao contrário dos vampiros, eu sofro com as ações do tempo. Todos mortais sofrem. Nos modificamos fisicamente (essência precária) e às vezes não estamos satisfeitos com o resultado da matéria desgastada por ele. Alguns resolvem isso recorrendo às plásticas, mas, mais do que se modificar materialmente, quer seja de forma cirúrgica, ou através da aceitação do que é natural, é compreender que a maior e melhor transformação do ser acontece quando a consciência (essência eterna) se sobrepõe a todo o resto trazendo sentido a todos os recônditos.

Dedico este texto aos meus sobrinhos citados anteriormente e aos meus amigos que viraram meus fãs e que me ajudaram na sua edição, correção para que enfim pudesse publicá-lo. Meireles e Veloso. Valeu galera!

Solares


12 comentários:

Moema Lívia disse...

Sinceramente? Adorei toda percussiva do texto, principalmente quando se trata do desfecho da tão amada Saga Crepúsculo. De acordo com as mais belas e singelas palavras relatadas pela minha professora Solares, pude compreender não só o esqueleto da história citada, mas também todo o sentimento e emoção que se envolvia no decorrer da mesma. Muito Obrigado por dividir tamanhos pensamentos com nós leitores e seguidores, insentivando-nos a repensar e ter uma nova visão mais ampla e significativa do mundo que nos cerca.

Moema Lívia disse...

Suas palavras são as mais sinceras, verdadeiras que pude compreender. Adorei o modo pelo qual descreveu seus pensamentos e emoções, motivando-nos a ter uma nova visão do mundo em que vivemos.

Lari Falcão disse...

Adorei, até a gora é a primeira critica detalhada e positiva deste filme que vejo de uma pessoa conhecida, ainda não pude assistir, mas irei neste sábado completar a saga.

Anônimo disse...

Amei, suas palavras são as melhores. Me faz perceber as coisas com outros sentidos, e melhores até. Um forte abraço. Com certeza fica vai para sempre! Franciele Rocha.

Felipe disse...

Parabéns tia, como sempre uma ótima leitura. Ouvi diversos comentários sobre o filme, muitos deles falando sobre a forma que os vampiros e lobisomens foram mostrados, vampiros que brilham ao sol? Lobisomens como lobos gigantes? Análises errôneas feitas por aqueles que foram ver mais um filme de ficção. Analisar essa saga como um filme de ação, aventura, terror ou ficção seria frustrante pois não encontraríamos o que procurávamos, mas se tomarmos como um filme romântico, um filme onde reafirmamos a célebre frase "o amor vence todos os obstáculos", aí sim estaríamos no caminho certo para entender os questionamentos do início do comentário. O que seria um obstáculos maior do que o predador se apaixonar pela presa e vice versa? Aprendemos sim valores, os quais foram perfeitamente descritos por minha tia. Por fim, vale sim a pena embarcar nessa aventura, pelo menos pra mim valeu e obrigado titia por nós colocar nesse universo cultural, nós não levamos nada a mais para o outro plano do que os nossos aprendizados e nós aprendemos muito com você. Foi divertido embarcar nessa odisséia. Estamos esperando as próximas. Bjos e mais uma vez parabéns.

Jéssica Amorim disse...

Não poderia haver comentário melhor do que de uma eterna fã da Saga Crepúsculo. Realmente, como você disse, me senti órfã quando percebi que o filme estava acabando, uma saga que durou cinco anos da minha vida entre livros e os filmes, sem contar que li todos com tanta ansiedade que esquecia do mundo ao meu redor.
O final não poderia ser melhor...
Acho muito boa essa visão além que você tem sobre a saga, ajuda a pensarmos sobre o mundo em que estamos vivendo e repensar nossos valores.
Nos divertimos muito nas nossas idas nas estreias e pré estreias, também tenho muito a te agradecer por nos esclarecer sempre sobre as duvidas que tínhamos e pela sua companhia que é sempre maravilhosa, Muito Obrigada!!!!!!!

Unknown disse...

Muito bom Linda Solares, com sábias palavras você fez uma analogia entre a saga e o nosso cotidiano, mostrando outra forma de ver uma obra fictícia baseada no resgaste dos princípios e costumes que estão sendo desprezados pela sociedade atual! Mesmo não acompanhando a Saga, suas colocações faz com que eu tenha opinião formada e fundamentada sobre o assunto tratado.

Parabens!!!!!

David Borges disse...

Oi Tia! Belo texto! Realmente a saga crepúsculo vai ficar pra história, no entanto acho que n deveriam ter dividido em 2 filmes o Amanhecer. Acho que como os grandes Épicos do Senhor dos Anéis, a Saga crepúsculo (versão cinematográfica) poderia ter nos dado o presente de 1 filme completo, com todas as emoções do Amanhecer, que pra mim foi o melhor livro da saga.

Mais uma vez parabéns pela analise critica e pelo belo texto!

Maria Mena disse...

Muuuuuuuuuuito Perfeito e interessante.. Não lí os livros, ví os filmes ( faltando o ultimo) porém, fiquei interessada em ler, afinal, nos conta muito mais do que no filme. Gostei muito do texto, preciso e bem legal de ler .
Parabéns :)))) ;*

Anônimo disse...

Beatriz Solares disse...
Nesse dia, fiquei muito ansiosa, para que desse meia-noite, esperamos um pouco na fila ...
Mas em fim a hora chegou e eu, Felipe, Jéssica, minha tia, Bianca e Rafael entramos na sala.
No começo rimos muito acompanhando a vida imortal de bela com o seu amado Edward Cullen,porém depois, na cena da luta foi muita aflição para nós, pois ao ver Jásper e Carlise morrer entramos em desespero, mas depois vimos que tudo só passou de uma visão de Aro quando leu a mão de Alice.Digamos que essa foi a cena mais chocante do filme, pois ninguém esperava ver uma cena como essa tão brilhante.
Passei anos ansiosa para ver esse lindo e incrível final, mas claro sempre acompanhando os livro e os dvds.
Mas te digo tia que no meio de tanta ansiedade para assistir esse grande final veio um pouco de tristeza, pois sabia que depois daquela noite a Saga Crepúsculo tinha acabaria!
Beijos!!!

brancapoeta@hotmail disse...

Prezada colega parabenizo pelo excelente texto.Muito bem redigido e estruturado.Soubeste abordar com maestria o objetivo do filme que é a ética e meios de convivência que está faltando aos humanos.Você como professora creio que está sabendo transmitir aos seus discípulos tomando como base esta série e para mim firmando-se como critica da 7ªarte seu comentário está excelente quando assistir já estou conhecendo a trama do filme será mais fácil entender.Enfim nota 10

Anônimo disse...

Gostaria de lhe parabenizar pela excelente crítica,pela riqueza de detalhes, bem como a relação com a realidade.É muito bom conhecer pessoas que nos faz relacionar filmes complexos com o cotidiano, nos motiva a pensar um pouco mais,nos tira daquele time que vai apenas ao cinema porque todo mundo vai e nos mostra o quanto é prazeroso ir ao cinema ver um bom filme. Confesso que estava desmotivada para assistir ao filme, agora( após a leitura )terei coragem de enfrentar a geração adolescentes no cinema.Obrigada SOL por nos direcionar a um ponto de vista.
Continue assim. Beijos
Lindy Marinho