Alguém
um dia disse que para escrever bem é preciso escrever sobre o se
sabe: Isso é o que sei! O filme Crepúsculo Amanhecer parte 2 foi o
melhor e mais emocionante da Saga.
Posso
afirmar que a obra da escritora Stephnie Meyers trasnformada
em película durante esses 05 (cinco) anos foi realmente a maior
jornada, onde a aventura e a fantasia ganharam dimensões
inimaginavéis. Evoluindo de um simples filme romântico adolescente
para um filme que vale à pena ser visto. A típica história de amor
entre uma humana e um imortal (vampiro) recebe neste final épico,
uma dose magistral de ação, de comédia e de romance, ingredientes
essenciais para os clássicos hollywoodianos. Fechando com chave de
ouro e deixando para traz a ideia de apenas mais uma trama água com
açúcar.
A
história atual retomou o que evidenciei anteriormente em meu texto:
A filosofia por trás do Amanhecer parte 1. A grande questão
ética e moral do acordo de convivência entre os clãs inimigos
naturais, o amor em sua melhor e maior forma, a amizade entre os
humanos e entre os clãs levando-os a pensar na possibilidade que
mesmo os inimigos podem se respeitar foram intensificados, nesta
última projeção cinematográfica, vimos lobos e vampiros numa
busca incessante em estabelecer uma nova lei que evitasse um embate
entre eles, já que a lei anterior foi ameaçada pela gestação de
Bella. A dúvida sobre a concepção da criatura levou a
matilha a querer exterminá-la por acreditarem que ela oferecia
perigo aos humanos, bem como aos seus integrantes. Mas, o imprinting
do lobo Jacob pela recém-nascida, vampira – humana, Reneesme
não só edifica a nova lei, como também a consolida. A pessoa alvo
do imprinting de um lobo não pode ser tocada (lei absoluta deles).
Agora, lobos e vampiros unem-se numa única crença, as diferenças
naturais e de pensamentos ainda existem, porém vão sendo superadas
e respeitadas a cada momento de convívio.
A
proposta de união entre eles traz a perspectiva de uma relação
mais próxima e íntima. Uma raça bem parecida com – A Raça
Humana – mas bem diferente do que propõe a primeira por não
admitir tal possibilidade. Para tanto, seria preciso que o respeito
fosse à base imprescindível das nossas relações. Carecemos do
entendimento de que é as diferenças nos tornam iguais. E de que
neste novo modo de pensar não há mais espaços para as divisões,
seja ela de brancos, de negros, de ricos, de pobres etc. Sabemos que
somos diferentes, mesmo assim, queremos impor nosso modo de ser, de
pensar e de agir aos integrantes da nossa espécie. É hora de
reformular o nosso pensar. A solução está em nossas mãos por
incrível que pareça. E se nos propusermos a isso então, a busca
por uma sábia e extraordinária existência em sociedade, certamente
chegará ao fim, como nos mostrou os personagens da fictícia trama.
Para nós, meros mortais, não há nada de irreal nesta proposta.
Somos capazes de firmar acordos e respeitá-los também. Você duvida
que isso é possível? A narrativa literária nos conduziu por
caminhos de possibilidades, do inimaginável, e o que seria da nossa
humanidade sem as possibilidades? O clã dos vampiros não desfrutava
delas, pois se mantinha estagnado no tempo por conta da imortalidade.
Mas, foi com eles que tivemos o maior aprendizado. Preservaram em si
o resto de humanidade que ainda possuíam. E apesar de passar pela
vida sem se modificar fisicamente, a possibilidade de alteração
esteve presente no aprimoramento do nível da consciência. Ninguém
soube respeitar melhor a humanidade da personagem Bella e a
falta de maturidade de Jacob como os vampiros da Família Cullen
(Edward, Carlise, Roseli, Esme, Emmet, Jasper e Alice).
Com
os lobos, aprendemos a exercitar nossa humildade. E não foram
poucos os momentos que vimos Jacob ceder aos vampiros, embora
não reconhecesse isso de forma consciente. Porém, na segunda parte
da história, ele passa a ter esta noção quando se apaixona pela
filha de Bella e Edward, percebendo que não há mais pelo que
lutar, pois o amor venceu. Novamente, o rito de passagem da fase
adolesceste para a fase adulta vem à tona. E quem não passou por
ele? Crescemos com Jacob ainda que ele relutasse. Crescemos
com Edward na sua forma “chata” de ser maduro o tempo todo
(meio démodé) e crescemos e nos identificamos com as indecisões e
dúvidas irritantes da humana Bella e muitas vezes a odiamos
por isso, mas enfim, as escolhas fazem parte de nossas vidas.
Precisamos escolher bem. Fazer opções com as quais possamos
conviver. Até aqui, penso que eles souberam fazê-las adequadamente
e conviveram da melhor forma possível com elas. Errando...
acertando... escolheram! E nós. o que estamos fazendo com nossas
escolhas? Estamos convivendo bem com elas?
O
impressionante e emocionante de chegar ao desfecho do drama lendário,
é perceber que os princípios e valores tratados por ela em momento
algum, foram quebrados. Nem mesmo quando Bella decidiu ser
vampira, nem mesmo quando ela foi transformada, nem mesmo quando
ambos os clãs tiveram que se unir novamente para defender a
integridade, desta vez da vampira-humana Reneesme das
investidas dos Volturi (Clã mais antigo líder da sociedade dos
vampiros) que acreditam que a criança foi transformada e não
nascida (fato este, quando praticado incorre na infração de uma lei
máxima deles, a de nunca transformar uma criança em imortal).
Enfim! Com as leis preservadas não havia razão para uma luta, muito
embora essa nunca fosse à intenção deles, mas se o combate fosse
iminente, que ele de fato acontecesse pelo cometimento de um crime
(quer seja pela quebra de uma lei, quer seja por transformar uma
criança em imortal, ou seja por lobos e vampiros se aliarem...),
porém nunca por um motivo fútil, proposital ou mesmo para
satisfazer o ego doentio, vaidade de um determinado clã em sobrepor
a outro, ainda que por motivos torpes. Este foi o ponto alto da Saga
Amanhecer parte 2, que fará dela o final épico que viverá para
sempre!
Fazia
tempo que não me emocionava e não via uma platéia tão emocionada
quanto a que vi no dia da sua pré-estréia. Estávamos de alma
lavada. Estávamos completos e inteiros. Embora nossa sessão fosse
às 00h01min do dia 14 para o dia 15 de novembro, não estávamos com
sono, e sim, atentos a cada cena. Choramos, vibramos, e nos
entristecemos por saber que seria o fim da franquia. Mas apesar do
sentimento de orfandade, fica a certeza de que, até aquele momento,
tudo valeu à pena. A Mitologia Crepúsculo marcou a minha
vida não só pela boa narrativa explorada a cada sessão fílmica,
mas também por me proporcionar bons momentos ao lado dos meus
sobrinhos que junto comigo embarcaram nesta jornada e me ajudaram a
construir este pensamento, interagindo, trocando idéias e aclarando
as que ainda não estavam evidentes quando surgiu a proposta de
escrevê-las. Obrigada Rafa, Bea, Bia, Jéssica e Lipe, por
ter viajado comigo nesta odisséia cheia de aventuras e histórias
extraordinárias, cada filme ficou muito melhor e mais estimulante
quando juntos estávamos. Vocês estarão para sempre na minha vida.
Deus sabe o quanto eu os amo. Saibam que, dentro de cada palavra aqui
relatada, existe um pouco de vocês. Esse texto não aconteceria sem
esses momentos marcantes. Valeu!
É
impossível descrever o sentimento que me toma ao final da trajetória
percorrida na segunda parte do filme Amanhecer, pois nela
reafirmei todos os princípios e valores edificados por minha mãe a
mim nesta minha existência. Eles não saem de moda. São como
passaporte para a jornada de cada um de nós aqui na terra. As nossas
escolhas favorecem a passagem das etapas da vida. Se bem escolhidas,
recebemos o visto que possibilitará novos conhecimentos,
crescimentos e aprimoramento ao Ser Humano.
Tecer
comentários sobre a produção cinematográfica, penso que não se
faz necessário neste momento, já que em meu primeiro texto
discursei sobre eles. Retomá-los seria enfadonho. Sem falar que o
livro (obra original) não se divide em duas partes que se completam,
mas sim em partes que se fecham como um ciclo e apesar de distintos,
o enredo e conteúdo são os mesmos fidelizados pelo cinema. Contudo,
não posso deixar de destacar alguns momentos considerados por mim,
como cruciais: 1º ) A adaptação de Bella a sua nova existência
como vampira; 2º) A mega produção da quase luta entre os
Volturi e os defensores da pequena Reneesme e 3º) Retorno da
música ”A thousand years” que contém em
suas letras todo o sentimento de Edward na esperança de encontrar
sua amada. A letra sofreu uma pequena modificação em algumas de
suas estrofes para poder relatar, desta vez, a satisfação e alegria
do vampiro em ter a sua amada “FOREVER” – Para sempre!
Além da participação especial de Steve Kazee, o que é
justificável já que a música traz uma perspectiva masculina ao narrar a história de amor de Edward por Bella.
A
música A thousand years - Amanhecer parte 1- Versão original - Tradução -Chistina Perri
A
música A thousand years - Amanhecer parte 2 - Versão original - Tradução - Christina Perri e Feat Steve Kazee.
Curtam
as duas versões!
Estas foram as minhas considerações finais sobre A Saga.
Bom,
isso é tudo que acredito saber! Se para escrever bem é necessário
ter propriedade sobre o assunto, então, talvez eu deixe a desejar em
alguns aspectos, já que ninguém pode falar de tudo com total
conhecimento de causa. O que me faz lembrar aos que irão ler esse
texto, que tudo que expus percorreu o tema central da história
principal, mas as conjecturações constantes nos dois textos
nasceram do pensamento original desta que vos escreve, eu! E que em
nenhum momento busquei a absolutez desta verdade que é minha. Desejo
sim, que vocês possam encontrar nas entrelinhas da minha tese pontos
comuns a nossa condição humana e que por fim, se reconheçam nelas
como seres que estão em constante processo de feitura. Precários,
porém sedentos de possibilidades que melhorem o nosso modo de ser e
conviver com os diferentes da nossa grande RAÇA chamada de
HUMANA.
Por
fim, deixarei o julgamento para os que, por alguma razão, resolvam
se aventurar nesta escrita. Espero que ao fazê-la, encontre na Saga
Crepúsculo um sentido, senão na sua vida, que seja na sua forma
de pensar. Ao contrário dos vampiros, eu sofro com as ações do
tempo. Todos mortais sofrem. Nos modificamos fisicamente (essência
precária) e às vezes não estamos satisfeitos com o resultado
da matéria desgastada por ele. Alguns resolvem isso recorrendo às
plásticas, mas, mais do que se modificar materialmente, quer seja de
forma cirúrgica, ou através da aceitação do que é natural, é
compreender que a maior e melhor transformação do ser acontece
quando a consciência (essência eterna) se sobrepõe a todo o
resto trazendo sentido a todos os recônditos.
Dedico
este texto aos meus sobrinhos citados anteriormente e aos meus amigos
que viraram meus fãs e que me ajudaram na sua edição, correção
para que enfim pudesse publicá-lo. Meireles e Veloso. Valeu
galera!
Solares
12 comentários:
Sinceramente? Adorei toda percussiva do texto, principalmente quando se trata do desfecho da tão amada Saga Crepúsculo. De acordo com as mais belas e singelas palavras relatadas pela minha professora Solares, pude compreender não só o esqueleto da história citada, mas também todo o sentimento e emoção que se envolvia no decorrer da mesma. Muito Obrigado por dividir tamanhos pensamentos com nós leitores e seguidores, insentivando-nos a repensar e ter uma nova visão mais ampla e significativa do mundo que nos cerca.
Suas palavras são as mais sinceras, verdadeiras que pude compreender. Adorei o modo pelo qual descreveu seus pensamentos e emoções, motivando-nos a ter uma nova visão do mundo em que vivemos.
Adorei, até a gora é a primeira critica detalhada e positiva deste filme que vejo de uma pessoa conhecida, ainda não pude assistir, mas irei neste sábado completar a saga.
Amei, suas palavras são as melhores. Me faz perceber as coisas com outros sentidos, e melhores até. Um forte abraço. Com certeza fica vai para sempre! Franciele Rocha.
Parabéns tia, como sempre uma ótima leitura. Ouvi diversos comentários sobre o filme, muitos deles falando sobre a forma que os vampiros e lobisomens foram mostrados, vampiros que brilham ao sol? Lobisomens como lobos gigantes? Análises errôneas feitas por aqueles que foram ver mais um filme de ficção. Analisar essa saga como um filme de ação, aventura, terror ou ficção seria frustrante pois não encontraríamos o que procurávamos, mas se tomarmos como um filme romântico, um filme onde reafirmamos a célebre frase "o amor vence todos os obstáculos", aí sim estaríamos no caminho certo para entender os questionamentos do início do comentário. O que seria um obstáculos maior do que o predador se apaixonar pela presa e vice versa? Aprendemos sim valores, os quais foram perfeitamente descritos por minha tia. Por fim, vale sim a pena embarcar nessa aventura, pelo menos pra mim valeu e obrigado titia por nós colocar nesse universo cultural, nós não levamos nada a mais para o outro plano do que os nossos aprendizados e nós aprendemos muito com você. Foi divertido embarcar nessa odisséia. Estamos esperando as próximas. Bjos e mais uma vez parabéns.
Não poderia haver comentário melhor do que de uma eterna fã da Saga Crepúsculo. Realmente, como você disse, me senti órfã quando percebi que o filme estava acabando, uma saga que durou cinco anos da minha vida entre livros e os filmes, sem contar que li todos com tanta ansiedade que esquecia do mundo ao meu redor.
O final não poderia ser melhor...
Acho muito boa essa visão além que você tem sobre a saga, ajuda a pensarmos sobre o mundo em que estamos vivendo e repensar nossos valores.
Nos divertimos muito nas nossas idas nas estreias e pré estreias, também tenho muito a te agradecer por nos esclarecer sempre sobre as duvidas que tínhamos e pela sua companhia que é sempre maravilhosa, Muito Obrigada!!!!!!!
Muito bom Linda Solares, com sábias palavras você fez uma analogia entre a saga e o nosso cotidiano, mostrando outra forma de ver uma obra fictícia baseada no resgaste dos princípios e costumes que estão sendo desprezados pela sociedade atual! Mesmo não acompanhando a Saga, suas colocações faz com que eu tenha opinião formada e fundamentada sobre o assunto tratado.
Parabens!!!!!
Oi Tia! Belo texto! Realmente a saga crepúsculo vai ficar pra história, no entanto acho que n deveriam ter dividido em 2 filmes o Amanhecer. Acho que como os grandes Épicos do Senhor dos Anéis, a Saga crepúsculo (versão cinematográfica) poderia ter nos dado o presente de 1 filme completo, com todas as emoções do Amanhecer, que pra mim foi o melhor livro da saga.
Mais uma vez parabéns pela analise critica e pelo belo texto!
Muuuuuuuuuuito Perfeito e interessante.. Não lí os livros, ví os filmes ( faltando o ultimo) porém, fiquei interessada em ler, afinal, nos conta muito mais do que no filme. Gostei muito do texto, preciso e bem legal de ler .
Parabéns :)))) ;*
Beatriz Solares disse...
Nesse dia, fiquei muito ansiosa, para que desse meia-noite, esperamos um pouco na fila ...
Mas em fim a hora chegou e eu, Felipe, Jéssica, minha tia, Bianca e Rafael entramos na sala.
No começo rimos muito acompanhando a vida imortal de bela com o seu amado Edward Cullen,porém depois, na cena da luta foi muita aflição para nós, pois ao ver Jásper e Carlise morrer entramos em desespero, mas depois vimos que tudo só passou de uma visão de Aro quando leu a mão de Alice.Digamos que essa foi a cena mais chocante do filme, pois ninguém esperava ver uma cena como essa tão brilhante.
Passei anos ansiosa para ver esse lindo e incrível final, mas claro sempre acompanhando os livro e os dvds.
Mas te digo tia que no meio de tanta ansiedade para assistir esse grande final veio um pouco de tristeza, pois sabia que depois daquela noite a Saga Crepúsculo tinha acabaria!
Beijos!!!
Prezada colega parabenizo pelo excelente texto.Muito bem redigido e estruturado.Soubeste abordar com maestria o objetivo do filme que é a ética e meios de convivência que está faltando aos humanos.Você como professora creio que está sabendo transmitir aos seus discípulos tomando como base esta série e para mim firmando-se como critica da 7ªarte seu comentário está excelente quando assistir já estou conhecendo a trama do filme será mais fácil entender.Enfim nota 10
Gostaria de lhe parabenizar pela excelente crítica,pela riqueza de detalhes, bem como a relação com a realidade.É muito bom conhecer pessoas que nos faz relacionar filmes complexos com o cotidiano, nos motiva a pensar um pouco mais,nos tira daquele time que vai apenas ao cinema porque todo mundo vai e nos mostra o quanto é prazeroso ir ao cinema ver um bom filme. Confesso que estava desmotivada para assistir ao filme, agora( após a leitura )terei coragem de enfrentar a geração adolescentes no cinema.Obrigada SOL por nos direcionar a um ponto de vista.
Continue assim. Beijos
Lindy Marinho
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