Muito se falou do caso João Hélio, o garoto de seis anos, que foi brutalmente assassinado por quatro ou cinco rapazes incluindo um menor. A barbárie cometida contra o garoto trouxe à tona a questão da redução da maioridade penal, já que o índice de marginalidade juvenil vem se acentuando muito em nosso país.
Bem, eu não vi o noticiário neste dia, ouvi apenas os comentários, como a violência no Rio de Janeiro se tornou uma coisa tão banal, pensei que se tratava de mais um caso entre os tantos acorridos naquela cidade. Mas, estava enganada, de tanto ouvi comentários diferentes de cada pessoa, resolvi então atentar para os noticiários, até assisti a entrevista da mãe do garoto. Apesar da dor ela me pareceu muito racional. Para ter uma idéia melhor do acontecido, li então, o resultado da perícia sobre o assassinato do garoto, e fiquei estarrecida com que li, a barbárie foi pior do que eu pensava, ao contrário do que ouvi por todos, os meliantes sabiam que o garoto estava preso ao cinto de segurança e pelo lado de fora do carro, bem como fizeram tudo para se livrar dele. A perícia descreve passo-a-passo do que aconteceu ao menino ao longo dos sete quilômetros, e tamanha atrocidade me impede de descreve literalmente a forma como foi encontrado o corpo do menino, só para vocês terem uma idéia, até o momento a cabeça do garoto não foi encontrado.
Diante do exposto, posso dizer que depois de lê a perícia feita pelo Instituto Médico Legal, não consegui dormir, pensei na dor da família do garoto ao se deparar com o corpo encontrado. A repercussão da violência cometida à João Hélio, criou indignação em todo país as pessoas se solidarizaram com a mãe e o pai do menino, ao contrário dos nossos governantes e doutores das leis. O nosso Presidente Lula disse que a redução da maioridade penal não vai resolver o problema da violência, concordo com ele, mas qual seria a solução então? Para que defendamos uma tese é necessário que tenhamos uma solução para ela, o que não é o caso da tese do Presidente. Eu respeito até a sua opinião, mas, diante do acontecido, ele jamais deveria ter externado-a, pois o que menos a família do garoto gostaria de ouvir dele era essa sua opinião, que com certeza não seriam a mesma se tivesse a acontecido com alguém de sua família. Até a Juíza Dilma ROUSSEFF, também fez suas as palavras do presidente, reafirmo que ambos não estão na pele da família de João Hélio, portanto não podem mensurar a sua dor. A redução da maioridade penal pode não ser a solução, mas em falta da segunda ficamos com a primeira. A delinqüência juvenil está se alastrando porque os menores sabem que existem leis que os protegem e sabem que iram acabar
A redução da maioridade penal pode não ser a solução, mas, porar um freio no comportamento da marginalidade juvenil que pensará duas vezes antes de cometer um delito de natureza hedionda, é evidente que não acabará com a violência, pois esta se encontra relacionada com a falta de educação e falta de emprego, enquanto o governo buscar sanar os problemas com favorecimento de bolsas escola, família e vale gás, o índice de violência ficará ainda maior, essa atitude, ao contrário do slogan trabalhado pelo atual governo, não ensina ao pescador a pescar com seu anzol, mas sim, a pegar o peixe sem ter o menor trabalho. Imagine aí, uma família que tenha cinco filhos... Digamos que cada criança valia ao bolsa escola ou bolsa família, R$ 100,00(cem reais), a família em questão ao final do mês terá uma renda de R$ 500,00(quinhentos reais)... É uma boa quantia a receber não acham? e com um agravante sem fazer esforço, além do parto.
Portanto, o momento não é de fingir que tudo está sobre controle não! mas, sim de reconhecer o grande naufrágio que se tornou o nosso País Falido. As leis têm que ser revistas e feitas por pessoas responsáveis e da área, para que estas não encontrem brechas nas sentenças. Vale ressaltar que a questão da violência encontra-se em duas soluções simples, EDUCAÇÃO e GERAÇÃO DE EMPREGO, quando os governantes priorizarem estas duas aí sim, teremos um país mais humano e mais justo para todos sem exceção.
Peço a Deus que disponibilize o bálsamo da Sua Luz Misericordiosa à Família da criança assassinada, para que ela encontre forças para continuar vivendo neste mundo desigual e injusto onde moramos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário